Guillen lembrou que no Questionário Pré-Copom (QPC), o BC fez uma pergunta sobre se a situação fiscal melhorou, ficou sem mudanças relevantes ou se piorou. Cerca de 80% das respostas, lembrou Guillen, apontavam que a situação fiscal piorou. "O debate tem sido cada vez mais sobre a sustentabilidade da dívida, não tanto sobre o atingimento do primário do ano e do arcabouço, mas sobre como é que vai se dar esse processo da sustentabilidade da dívida", apontou.
Ele apresentou um gráfico da Pesquisa Focus para os próximos anos, que indica a elevação da dívida. Acho que parte da discussão está indo em torno disso. "Sobre preços de commodities e preço ao produtor, eu acho que o que mais tem tido impacto é justamente a dívida", citou. Sobre essas matérias-primas, o diretor comentou que, em dólar, houve alta dos preços, mas quando se coloca a depreciação do real, os preços em reais tiveram maior impacto. "Qual vai ser o impacto disso? A gente pode discutir", disse, comentando que o colegiado caminha para discussão sobre qual será o repasse cambial para as industriais e o comportamento de serviços.
De acordo com ele, o pass-through é mais alto quando se tem um lado mais apertado, quando se acredita que a taxa de câmbio é persistentemente mais depreciada, quando as expectativas são desancoradas. "Acho que a gente caminha cada vez mais para uma discussão sobre como é que está essa composição da inflação, o que está acontecendo com os serviços, como é que está se dando essa depreciação para bens industriais, como está o repasse, está conseguindo repassar ou não, demanda permitindo repasse, então acho que estamos nesse momento da inflação e no acumulado dos meses, tanto índice cheio quanto a média se elevaram."
(Com Agência Estado)
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