Desde setembro, o INC mantém-se no campo otimista, acima de 100 pontos, segundo a sondagem realizada com 1.679 famílias em todo o País, abrangendo tanto capitais quanto cidades do interior.
Os resultados regionais mostraram variações, conforme a ACSP. Houve queda de confiança nas regiões Nordeste, Norte e Sudeste, enquanto o Centro-Oeste e o Sul registraram aumento. Em termos de classes sociais, a confiança manteve-se estável entre as famílias da classe A e B, caiu moderadamente para a classe C e apresentou leve aumento para as famílias na base da classe C.
O levantamento também indicou estabilidade na percepção das famílias sobre sua situação financeira atual e segurança no emprego. Entretanto, as expectativas para o futuro mostraram-se menos favoráveis, refletindo na redução da disposição para adquirir bens de maior valor, como imóveis e automóveis, e uma menor intenção de investir ou comprar bens duráveis, como geladeiras e fogões.
Para o economista da ACSP Ulisses Ruiz de Gamboa, a estabilidade mensal no índice resulta de fatores opostos. "Por um lado, o aumento do emprego, da renda e do crédito deveria impactar positivamente a confiança dos consumidores. No entanto, por outro lado, a perda do poder aquisitivo das famílias, resultante da aceleração da inflação - especialmente no que diz respeito ao aumento dos preços de itens essenciais, como alimentos e bebidas - aliada ao elevado nível de endividamento, tende a tornar o consumidor mais cauteloso no momento de realizar compras", explica Ruiz de Gamboa.
Como aponta a ACSP, o INC de dezembro, embora mostre estabilidade no curto prazo, evidencia os desafios enfrentados pelas famílias no contexto econômico atual.
(Com Agência Estado)
Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.
Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.
Siga-nos no TWITTER ; INSTAGRAM e FACEBOOK e acompanhe as notícias em primeira mão.