"O que é importante nesse momento? Fazer uma harmonização para que a política fiscal apoie a política monetária nesse momento, para que o quanto antes eles conseguirem atingir os seus objetivos, que é trazer a inflação corrente e a expectativa de inflação para o horizonte relevante para dentro da meta, aí você cria condições para o Banco Central reduzir as taxas de juros. E aí ele cria um ciclo virtuoso para a política fiscal porque reduz a pressão sobre a trajetória da dívida", disse Ceron em entrevista à revista Exame transmitida ao vivo.
Para o secretário, se o BC levar muito tempo para atingir esses objetivos, haverá mais pressão por busca de resultados fiscais melhores para barrar um crescimento expressivo da trajetória da dívida. Assim que a política monetária fizer seu efeito e o patamar da Selic for reduzido, irá "imediatamente" tirar a pressão sobre a sobre a trajetória da dívida, apontou.
"O Brasil tem uma característica muito peculiar, que é uma relação da política monetária muito forte com a dívida, ou seja, a composição da dívida pública brasileira ela é muito carregada em títulos vinculados a taxas flutuantes. Então nós temos quase metade da dívida atreladas ao que nós chamamos LFT, são taxas flutuantes, ou seja, Selic", explicou o secretário, lembrando que o cenário também joga pressão sobre o resultado nominal.
Ceron também defendeu que olhar para o indicador primário é importante porque ele revela o esforço fiscal do governo, que, em sua avaliação, é um dos melhores da década. Para ele, os resultados têm sido bons, especialmente se comparados com o histórico brasileiro.
(Com Agência Estado)
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