Com 24 anos de vivência, os choros e serestas animaram e invadiram o coração de muitos jovens cuiabanos. Teve choro, romance, ‘cerveja no sovaco’ e muita diversão na hora de voltar para casa. Mas, a alegria que marcou a juventude de muita gente no Chorinho, chegou ao final no começo deste mês.
Prestes a completar o aniversário de 25 anos, o empresário e proprietário da casa, Antônio Marinho de Souza, contou ao HiperNotícias que decidiu fechar as portas depois que a crise o engoliu.
“Tudo ficou muito caro. É ruim para quem vende; compra e principalmente para quem canta. É bastante serviço para pouco lucro. Bar e restaurante é a única coisa no país que não tem cartel. A cerveja aumenta e não podemos repassar como deve, pois sai na frente apenas quem tem música boa e cerveja barata”, desabafou.
Conforme o proprietário, os problemas começaram há cinco anos quando a casa saiu do Jardim Tropical e veio para o Quilombo. No primeiro local, os estudantes saiam da universidade e tomavam conta do espaço, principalmente nas quintas-feiras. Porém, depois o público começou reclamar que a casa tinha ficado longe de mais.
“Muitos chegaram a mim e falaram que ficou longe, visto que na região não tinha ônibus de madrugada e para voltar para casa o táxi ficava muito caro. E, sempre brincavam que acadêmico tem dinheiro para bebe e fumar, mas para pagar táxi já é demais”, lembrou.
Ainda segundo Marinho, o contrato do local vence no final de setembro. Até lá, o restaurante ainda continuará servindo almoço, das 10h30 às 14h.
“Ainda não sei o que farei depois. Vou esperar a poeira abaixar para ver o que pode dar certo. A única certeza que tenho é que agora sem o choro dos violões, quem chora somos nós”, disse.
A informação do fechamento do espaço foi postada na página da casa numa rede social e a repecurssão foi imediata.
“Apesar de ter frequentado bem pouco o, até então, novo espaço, sinto uma pontada de tristeza no corazón. Sambei e cantei muito no antigo Chorinho, fechei o boteco, bebi toda a cerveja gelada, vi brigas, vi romances, vi amor, putaria e gente feliz demais, afinal o samba faz a vida melhor. Além disso, conheci muita gente massa, fortaleci minhas amizades e vivi situações que não dá pra contar nesse post. Só quem viveu sabe, rs. o Chorinho faz parte de um tempo bonito da minha vida e sempre será meu lugar favorito nessa cidade”, concluiu uma das frequentadoras.
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Aloisio 03/08/2016
24 anos de existência e lamentavelmente fecha as portas devido a crise. 24 anos empregando. 24 anos fazendo e divulgando cultura em Cuiabá. 24 anos oferecendo alegria. 24 anos pagando seus impostos. 24 anos ... Se ficou 24 anos estabelecido, porque era competente. Encerrou as atividades devido a crise, o que faz o Governo? Deixa morrer! Belo país!
vladimir palma 03/08/2016
quem perde somos nós como diria lula não a crise so uma marolinha imagine se tivesse crise, marinho sentiremos falta da tua companhia de todas as noite a dentro
2 comentários