Não faz nem dois meses que acabou a Copa do Mundo de 2014, e uma parte das obras realizadas para o torneio já apresentou problemas. Viadutos e pontes de projetos de mobilidade de cidades-sede do torneio tiveram falhas de construção oficialmente constatadas por governos locais. Três deles, aliás --um em Cuiabá e dois em Belo Horizonte--, estão interditados para que possam passar por reparos.
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Segundo a Secopa-MT (Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo de Mato Grosso), as próprias empresas que construíram o viaduto verificaram a "necessidade de serviços de reestruturação da obra". O trabalho deve durar quatro meses e será integralmente arcado pelas construtoras.
Ressalta-se que essas mesmas construtoras não conseguiram entregar para Copa do Mundo o próprio VLT. Essas empresas também são responsáveis por outra obra da Copa cuja segurança está sendo questionada pelo MP-MT (Ministério Público do Estado de Mato Grosso): a trincheira Santa Rosa.
A trincheira é uma passagem para carros construída abaixo do traçado do VLT. Também faz parte do projeto bilionário do trem urbano. O MP-MT, entretanto, considera que a obra não é segura. Relatórios obtidos pelo órgão apontam risco de deslizamento de terra no local. Por isso, o MP-MT recomendou na semana passada a paralisação da construção, que também não ficou pronta para o Mundial de futebol.
A Secopa-MT informou na terça que ainda não foi notificada pelo MP-MT. Por isso, não se manifestou sobre a trincheira e sua segurança.
Fato é que a interdição do viaduto e a recomendação do MP-MT chamaram TCE-MT (Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso). Na segunda-feira, o tribunal recomendou ao governo de Mato Grosso a contratação de uma empresa para uma perícia emergencial nas obras.
Um dos conselheiros do tribunal, José Carlos Novelli, que é engenheiro civil, disse que uma "rigorosa inspeção" das estruturas construídas para o Mundial é "urgente". Segundo o TCE-MT, a recomendação foi recebida pelo governador Silval Barbosa, que concordou com a realização de estudos sobre a segurança das obras.
Mortes em Belo Horizonte
Em Belo Horizonte, as falhas em obras da Copa do Mundo causaram a morte de duas pessoas durante o torneio. Cinco dias antes de o Brasil ser goleado pela Alemanha, no Mineirão, um viaduto construído para facilitar o acesso ao estádio desabou. Além dos mortos, outras 23 pessoas se feriram.
O Viaduto Guararapes integrava o projeto do BRT (Bus Rapid Transit) Antônio Carlos/Pedro 1º. O corredor de ônibus foi uma das obras de mobilidade realizadas na capital de Minas para a Copa. A prefeitura, contudo, nega que a pista suspensa tenha sido construída por causa do Mundial.
Segundo a prefeitura, as causas do desabamento do viaduto ainda não foram reveladas. A administração municipal aguarda o resultado de uma perícia para saber as razões do acidente e o que será feito com a construção. Hoje, quase dois meses após o desabamento, nada foi feito para recuperar o viaduto.
A obra foi realizada pela construtora Cowan. A mesma construtora também fez outra pista suspensa para o BRT Antônio Carlos/Pedro 1º, o viaduto Montese. Antes mesmo da inauguração da obra, ela apresentou problemas. O viaduto está fechado. Segundo a prefeitura, ele será aberto ainda neste ano.
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Fernandes Costa Oliveira 28/08/2014
Esta reportagem tem conotação política. Porque até o momento ninguem sabe realmente o que está ocorrendo sobre o viaduto interditado. O que vocês comentaram é pura futorologia. Não vai morrer ninguem, vida que segue. Tanta coisa mais importante para comentar...
Maria 28/08/2014
ISSO É UMA VERGONHA, OS RESPONSÁVEIS PELA CONSTRUÇÃO TEM QUE IR PARA A CADEIA SE ESSE VIADUTO CAI QUANTOS INOCENTE IRIA MORRER.
2 comentários