Os técnico-administrativos das instituições federais de ensino superior de Mato Grosso aprovaram, por ampla maioria, o indicativo de greve, que deverá ser deflagrada a partir de 1º de abril, caso suas reivindicações não sejam atendidas. A decisão foi tomada durante uma jornada de mobilização realizada nesta sexta-feira (28), organizada pelo Sindicato dos Trabalhadores Técnicos Administrativos em Educação da UFMT (Sintuf) e pela Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso (Adufmat), que reuniu cerca de 180 trabalhadores.
Entre as principais demandas estão o cumprimento integral dos acordos de greve já firmados, a rejeição a retrocessos em direitos trabalhistas e a revisão urgente das omissões e inconsistências da Medida Provisória 1.286/2024, em tramitação no Congresso. Durante o debate, foi reforçada a exigência de reposição salarial digna, manutenção de benefícios históricos e a revogação de pontos da MP que fragilizam os direitos da categoria.
O estado de greve será formalizado nesta semana e enviado à Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior do Brasil (Fasubra), que consolidará as posições de todas as entidades do país antes de um comunicado oficial ao governo. A categoria também se comprometeu a manter assembleias periódicas e ações de rua para ampliar a pressão.
A mobilização teve a parceria da Adufmat, simbolizando a convergência de lutas entre técnico-administrativos e docentes, que compartilham pautas comuns, como a defesa da educação pública e a valorização do serviço público federal. "Estamos unidos não apenas nas reivindicações, mas na disposição de lutar. Se o governo não cumprir o acordado, pararemos o país", afirmou uma das lideranças presentes.
Enquanto aguardam resposta do governo, os trabalhadores permanecem em estado de mobilização permanente, com comissões organizando panfletagens, debates nos campi e articulação com outras categorias. "A greve é o último recurso, mas estamos preparados para usá-la. A bola está com o governo", finalizou a direção do Sintuf.
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