O governador Mauro Mendes (UB) alertou que "mais cedo ou mais tarde", o morro do Portão do Inferno, na MT-251, entre Cuiabá e Chapada dos Guimarães (62 km dos Guimarães), irá colapsar. A obra de retadulamento anunciada pelo governo tem sido alvo de críticas e pedido de suspensão na Justiça. O desgaste é causado pelo trabalho ser realizado em uma área de proteção ambiental e gerida pelo Instituto Chico Mendes de Conservação (ICMBio). Mendes ainda criticou o Ibama e afirmou que o órgão deveria ser extinguido.
"Aquele morro vai colapsar, mais cedo ou mais tarde. Se as pessoas querem pagar para ver, ok! O governo não está implorando para fazer aquela obra. Tenho centenas, milhares de obras que posso fazer no estado inteiro. Se a população, Ministério Público e a Justiça não deixar, tudo bem. Vivemos numa democracia e vou pegar esse mesmo recurso e vou aplicar em outros locais que também querem obra. Agora, aquele morro vai colapsar. Eu vi imagens que me deixaram assustados com a condição que tem ali", afirmou o governador.
Mendes ainda disse que o Instituto Brasileiro e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) não tem sido um órgão eficiente para a população há anos.
"O Ibama não tem sido, ao longo de décadas, um órgão eficiente neste país. Já disse e volto a repetir: tinha que extinguir o Ibama e fazer todos os licenciamentos ambientais pelos estados brasileiros", disparou o governador.
A NOVELA DO PORTÃO DO INFERNO
No fim de 2023 o trecho da MT-251 conhecido como Portão do Inferno começou apresentar deslocamentos de blocos do paredão arenoso que fica na encosta do precipício.
Em março de 2024, o governo do Estado apresentou como medida o projeto de retaludamento, ou seja, fazer o desvio da estrada, mas a partir do corte do paredão, onde existe fauna e flora preservada e até mesmo um sítio arqueológico.
Para precisar fazer a obra, o governo do Estado, por meio da Secretaria de Infraestrutura e Logística, precisava ter um licenciamento ambiental emitido pelo Ibama e ICMBio para mover a vegetação nativa do local. Uma parte do documento foi dada ao Estado em junho, tendo o Estado que aguardar ainda demais condicionantes.
No fim do mês de agosto, a Sinfra anunciou que daria início à obra, fazendo a catalogação e remoção da vegetação. Nesse período, o Ministério Público do Estado e o Ministério Público Federal pediram a suspensão da obra e do licenciamento fornecido ao Estado, com a alegação de não ter cumprido requisito necessário. Além disso, inúmeros moradores de Chapada dos Guimarães também são contra aà obra do corte do morro e fazem baixo-assinado pela interrupção.
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