Mato Grosso se destaca com 79% de transparência na divulgação de dados sobre crimes ambientais, segundo um estudo recente da Associação Brasileira de Jornalistas Investigativos (Abraji), do Instituto Centro de Vida (ICV) e da Transparência Internacional – Brasil (TI Brasil). O levantamento, divulgado esta semana, revela, no entanto, uma falha generalizada na transparência em todo o país.
O estado superou outros como Pará (60%), Amazonas (56%), Rondônia (48%), Tocantins (41%) e Amapá (18%). No Acre, Roraima e Maranhão, a transparência foi classificada com 0%, de acordo com o estudo.
A pesquisa utilizou oito critérios para avaliar a qualidade dos dados, entre eles: atualização, completude, possibilidade de download único, legibilidade por máquina, existência de licença livre, documentação, formato não proprietário e gratuidade.
A avaliação revelou que as piores taxas de transparência estão em áreas como grilagem de terras (23%), crimes contra a fauna (33%) e uso de agrotóxicos (56%). Por outro lado, as melhores taxas foram observadas nos dados sobre desmatamento (93%) e crimes de exploração florestal (84%).
O estudo classificou a abertura de dados em três categorias: "baixa" (até 30 pontos), "mediana" (31 a 70 pontos) e "alta" (acima de 70 pontos).
Marcondes Coelho, analista socioambiental do ICV, destaca a importância dos dados sobre desmatamento, como os publicados pelo INPE: "Esses dados tornam possível o monitoramento de alertas de desmatamento, auxiliando na identificação de áreas críticas e na ação rápida de fiscalização."
Embora Mato Grosso esteja em destaque, o estudo aponta que a transparência geral no Brasil ainda é preocupante, com uma taxa média de 51% na divulgação de dados para apuração de crimes ambientais.
Com informações de O Globo.
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