Alicce Oliveira leva a sério o ofício de contadora de histórias. Segundo ela, antes de subir no palco todas as "máscaras" são abandonadas para que que haja uma conexão profunda com os personagens e o enredo ao ponto que o público não consiga diferir quem é a "atriz ou a ficção". Para chegar a essa maturidade profissional, foram anos de laboratório. Os primeiros passos foram dados no Cena Onze, em Cuiabá, onde concluiu o curso de Teatro em 1994, há exatos 31 anos. Em 2005, Alicce decide experimentar um novo formato, migrando dos textos decorados das peças para a imprevisibilidade da contação de histórias.
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Quando você me vê no palco, você está vendo a Alicce despida de qualquer máscara
"É uma arte genuinamente ancestral, ali está mais da Alicce do que qualquer personagem porque não existe o personagem-narrador, existe a atriz que está fazendo a narradora. Eu estava o tempo todo no teatro, interpretando vários personagens, vários estilos, várias formas de falar e eu tive dificuldades porque, no teatro, é um personagem e você meio que está com uma máscara. Mas, na contação de histórias, descobri que não, que é você", explicou Alicce ao HNT TV.
Os espetáculos encenados por Alicce costumam ser solos. A atriz vai acompanhada apenas por sua "mala mágica", uma espécie de guarda-roupas que levam os recursos que encantam as crianças e seus pais, e o seu microfone. Modulando a altura e tom da voz, a contadora vai envolvendo a plateia enquanto encena.
"É você contando a história e você pode ser tudo. Você é a narradora, você é a voz do personagem, você pode ser um bicho, você pode ser uma menina, um menino, um homem, um leão, pode ser o que você quiser. Quando você me vê no palco, você está vendo a Alicce despida de qualquer máscara", afirmou Alicce.
É uma arte genuinamente ancestral, ali está mais da Alicce do que qualquer personagem
A artista avalia que essa capacidade de criar cenários imaginários com a voz transcende a experiência do teatro e cinema, uma vez que não existe narrador e o contador de histórias acaba acumulando esse papel de forma indireta com o da interpretação das personagens. É uma encenção que exige mais entrega no palco.
"E aí eu adoro porque é um lugar em que você pode tudo. A arte proporciona isso para a gente, de ter essa amplitude que você pode criar, inventar. E, principalmente, você pode estar com o público conectado", conclui a contadora de histórias.
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