Emanuelle Calgaro começou a pintar aves ao ganhar o livro “100 Pássaros do Brasil”, que pertenceu ao artista plástico Adir Sodré. O presente foi dado por Zeilton Mattos, outro nome influente da arte cuiabana. Emanuelle se recuperava de uma cirurgia no pulmão em meio à pandemia, e o período de isolamento foi aproveitado como um tempo de ócio criativo.
"Eu tinha em casa papel e lápis de cor. Nunca tinha mexido com esses materiais, sempre tinha trabalhado com acrílico sobre telas. Mas me arrisquei e fiz o exercício com os pássaros", contou Emanuelle ao HNT TV.
Dos primeiros estudos, nasceram 24 exemplares. "Pensei: por que não fazer uma exposição?", lembra a artista. Ao traçar o novo objetivo, Calgaro viaja para Poconé (a 105 km de Cuiabá) e se hospeda na "Aymara Lodge", no Pantanal, para um retiro na estância que tem mais de 300 pássaros catalogados. A imersão trouxe clareza ao projeto que a artista desejava desenvolver.
"Voltei para o ateliê, e a diferença entre os desenhos que eu fazia antes desse processo e os que vieram depois é gritante", ressaltou.
NASCEM AS EXPOSIÇÕES
Com os 61 exemplares em mãos, ela fecha o quadro para “Suspensão”, que foi exposta na Galeria Lava Pés. A mostra foi exibida em 2023 e se desdobrou em “Travessia”, em 2024, que rendeu dois prêmios a Emanuelle: Arte Anima Latina e Art100 Gallery.
O Anima lhe rendeu uma bolsa de estudos em Perúgia, na Itália, em maio deste ano e, na sequência, em setembro, a artista embarca para Viena, na Áustria, para usufruir da segunda premiação, com direito a promover uma exposição na Europa.
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