Entidades representativas ligadas a movimento populares e aos Direitos Humanos e Defesa da Igualdade Racial vão realizar um ato público para lembrar os sete meses da morte do estudante africano Toni Bernardo da Silva, 28 anos, e rechaçar a sentença da Justiça que tipificou o crime como “lesão seguido de morte”, o que inviabiliza os acusados de irem à júri popular.
O ato será no domingo (22), a partir da 18h30, com concentração no saguão do Instituto de Linguagens da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), instituição onde Toni cursava Ciências Econômicas.
Durante o protesto, haverá o lançamento de um documentário sobre o crime; um ato ecumênico com a presença da Igreja Católica e de representante do Candomblé; declamações de poemas; apresentação de maracatu e de performances com temática negra.
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Toni Bernardo, nascido em Guiné Bissau, foi espancado até a morte no bar Rola Papo, na noite de 22 de setembro de 2011. Os policiais militares Higor Marcell Mendes Montenegro e Wesley Fagundes Pereira e o empresário Sérgio Marcelo Silva da Costa são acusados de matarem o estudante até a morte. A corregedoria da Polícia Militar não decidiu ainda qual punição será dada aos policiais.
A sentença da Juíza Maria Rosi de Meira Borba, da 8ª Vara Criminal de Cuiabá, para o caso é que o crime foi “lesão seguida de morte” e não homicídio qualificado conforme considerado pelo inquérito da Polícia Civil.
As entidades encaram a sentença da juíza como equivocada já que afasta os acusados da morte de Toni Bernardo de serem julgados pelo júri popular.
ENTIDADES
O ato é organizado pelo Movimento Rusga Libertária, com o apoio do Fórum de Direitos Humanos e da Terra de Mato Grosso, da Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial (Cojira), que integra o Sindicato dos Jornalistas de Mato Grosso (Sindjor-MT), da Associação dos Docentes da UFMT (Adufmat), do Movimento Rumo ao Socialismo, do Fórum de Estudantes Negros e de Origem Popular (Fenop) e do Centro Acadêmico de Ciências Sociais da UFMT.
Durante a próxima semana, uma agenda de visitas a autoridades será realizada também em Brasília pela Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial do Distrito Federal (Cojira-DF), que entregará a elas um manifesto escrito sobre o caso. Uma carta será entregue à Embaixada da Guiné-Bissau, país de origem de Toni.
(Com informações da Assessoria)
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