Desde os sete anos, Benedita Rosa da Costa dizia que seria doutora, e transformou esse sonho em realidade ao se tornar a primeira mulher quilombola doutora em Educação de Mato Grosso. Sua conquista é um marco contra o racismo estrutural e as desigualdades de gênero que ainda afetam mulheres negras no Brasil.
A infância no quilombo Tanque do Padre Pinhal, em Poconé (104 km de Cuiabá) foi marcada por histórias contadas por sua avó, mas também pelo impacto do racismo ao estudar na cidade. Olhares de desprezo e exclusões nas atividades escolares deixaram marcas profundas.
“O racismo tem cor, cheiro e sabor. Por que será que só as meninas brancas eram chamadas para as apresentações da escola? Eu era uma criança bonita, inteligente e curiosa. Mas tenho lembranças tristes e dolorosas, fui ficando retraída, reservada”, recorda-se Benedita.
Mas a educação foi também o caminho da hoje doutora pela UFMT para superar barreiras e se destacar em um mercado ainda excludente para mulheres negras.
Benedita é destaque da edição Janela TRT – Vozes Negras, uma publicação multimídia da Justiça do Trabalho mato-grossense que aborda o impacto da discriminação racial no mercado de trabalho e a força de histórias de superação como a dela. A série convida o público a ampliar sua visão sobre temas sociais essenciais.
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