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Cidades Sábado, 21 de Dezembro de 2024, 13:59 - A | A

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Sábado, 21 de Dezembro de 2024, 13h:59 - A | A

CIDADE PODE FICAR SEM COLETA

Prefeitura não paga empresa de lixo desde julho e dívida já soma mais de R$ 42,5 milhões

Mesmo com atraso, Locar Saneamento Ambiental renovou contrato com Prefeitura por mais 12 meses

DA REDAÇÃO

A Locar Saneamento Ambiental, empresa responsável pela coleta de lixo em Cuiabá, acusa a gestão municipal de atraso no pagamento desde o mês de julho e a dívida já soma R$ 42,5 milhões. Devido à situação, a empresa diz que poderá suspender a coleta na cidade, nas proximidades das festas de fim de ano. Contudo, cabe destacar que, mesmo com os mencionados atrasos há seis meses, a mesma empresa venceu a licitação e teve o contrato renovado com a Prefeitura para continuar sendo a responsável pela coleta na capital por mais 12 meses, no mês passado. 

LEIA MAIS: mesmo sob reclamações, prefeitura renova contrato com empresa de coleta de lixo

Segundo a Locar, o último pagamento feito foi referente a parte do repasse de julho. Atualmente encontram-se abertos os débitos dos meses de julho, agosto, setembro, outubro e novembro de 2024, somando R$ 16 milhões. O montante total inclui ainda valores não quitados de reajustes contratuais e mensalidades. Entre as pendências estão R$ 9.354.465,18 de reajuste de 2019 a 2022, R$ 12.563.802,51 de 2022 a 2023 e R$ 4.673.812,37 referentes a 2024, totalizando mais de R$ 42,5 milhões. 

A falta de repasses tem gerado um grande impacto financeiro no orçamento da prestadora de serviço. Com a aproximação das festas de Natal e Ano Novo, período em que há um aumento significativo de lixo e resíduos, a situação causa preocupação. O não pagamento compromete diretamente a capacidade operacional. 

A falta de pagamento de prestadores de serviços e fornecedores tem sido uma constante na Administração de Cuiabá. A crise vai além do setor de coleta de lixo e atinge também trabalhadores terceirizados de diversas secretarias que, com frequência, denunciam atrasos salariais, incluindo ameaças de paralisação de atendimentos na saúde.

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