Até a publicação deste texto, a reportagem do Estadão buscou contato com a defesa do IASE, mas sem sucesso. O espaço está aberto.
A cobrança pela rescisão do contrato foi protocolada um dia depois da deflagração da Operação Copia e Cola, da Polícia Federal. Nesta quinta, 10, a PF fez buscas até na residência de Manga, no âmbito de investigação sobre suposto esquema de corrupção na saúde pública.
Em meio às buscas, os agentes federais apreenderam dinheiro, armas e um carro de luxo com outros investigados. Maços de dinheiro foram encontrados em cofres e em caixas de papelão. No endereço de um suspeito, em São Paulo, havia R$ 863.854,00. A Justiça autorizou o sequestro de bens dos alvos da Operação Copia e Cola até o limite de R$ 20 milhões.
Dinheiro foi encontrado em cofres e caixas de papelão
O inquérito aponta indícios de fraudes na contratação de organização social para administrar unidades de saúde da prefeitura de Sorocaba. Também há suspeitas sobre operações financeiras para lavagem de dinheiro, como depósitos em espécie, pagamento de boletos e negociações imobiliárias.
Segundo Raul Marcelo, o IASE é o responsável pela gestão da UPH da Zona Oeste da cidade. O vereador assinala que a apuração envolve 'a antiga Aceni, organização social que já gerenciou a UPA do Éden e que agora opera sob o nome de IASE'.
O requerimento do político do PSOL será debatido pelos parlamentares na próxima sessão da Câmara de Sorocaba.
"De acordo com reportagens publicadas pela imprensa, os contratos firmados entre o governo Manga e a Aceni estão entre os alvos da investigação", afirma. "Além disso, há decisão judicial que impede a contratação de entes públicos com essa entidade. No entanto, mesmo após a mudança de nome e de CNPJ, a gestão da saúde continua sob responsabilidade das mesmas pessoas jurídicas, conforme apontado pelo Tribunal de Contas do Estado."
"Não podemos permitir que Sorocaba continue gastando dinheiro público com uma entidade envolvida em graves denúncias de corrupção. Estamos falando da saúde da população, de vidas. É preciso romper imediatamente esse vínculo e garantir uma gestão pública transparente, eficiente e livre de esquemas fraudulentos", questiona o vereador.
Defesa
No dia da operação, a prefeitura informou que colabora com as investigações. A defesa do prefeito, sob comando do criminalista Daniel Bialski, considera que a busca da PF nos endereços de Manga foi 'desnecessária e abusiva'.
Para Bialski, a PF 'tenta proceder a ilegal pesca probatória para investigar a pessoa, o que é vedado por nossa legislação'. Ele suspeita de 'uso político' da PF, 'induzindo a Justiça em erro'.
A prefeitura considera que a Operação Copia e Cola ocorre 'em um momento de grande projeção da cidade e do nome do prefeito Rodrigo Manga no cenário nacional, inclusive pontuando com destaque em pesquisas para governador do Estado e presidente do Brasil'.
(Com Agência Estado)
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