Sua campanha, no entanto, teve participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva limitada a inserções esporádicas em peças televisivas. Também não abordou sua experiência no Executivo e buscou sinalizar, por exemplo, o compromisso com o equilíbrio das contas públicas.
Diante das pesquisas divulgadas às vésperas do pleito que indicavam vantagem ampla do atual mandatário, a parlamentar gravou vídeo em que recebe ligação da primeira-dama, Rosângela Silva, a Janja, e recebe apoio dela e do petista, que não foi à capital gaúcha nenhuma vez nessas eleições.
"Eu e o presidente Lula estaremos aqui torcendo muito por você. Temos fé de que no domingo, dia 27, a população de Porto Alegre vai dar um presente ao presidente Lula, que é seu aniversário", disse Janja. O gesto, no entanto, não foi o bastante para evitar a derrota.
Melo, por sua vez, teve apoio de Jair Bolsonaro, mas preferiu não expô-lo na campanha. Sua vice, a tenente-coronel Betina Worm (PL), é representante do grupo do ex-presidente, mas teve pouca participação na campanha.
A estratégia é a mesma utilizada pelo prefeito em 2020, quando foi eleito ao cargo pela primeira vez. Ele justifica o afastamento da imagem de Bolsonaro e da agenda de costumes, cara aos adeptos da direita, pela ampla coligação partidária que carrega. Neste ano, teve apoio de oito legendas.
Os comportamentos de Melo e de Maria do Rosário favoreceram as discussões sobre a gestão da cidade. As enchentes ocorridas em abril durante as fortes chuvas que castigaram o Rio Grande do Sul foram um dos principais temas. Mais de 13 mil moradores de Porto Alegre ficaram desabrigados.
A candidata de oposição tentou, em peças de campanha e nos debates, responsabilizar a administração municipal pelas cheias. O prefeito disse se tratar de efeitos de eventos meteorológicos atípicos e defendeu a realização de novas obras de drenagem para evitar novos desastres.
(Com Agência Estado)
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