O resultado representa uma vitória das alianças pragmáticas feitas sob a tutela dos principais líderes políticos dos partidos de centro contra a ala mais extremista do bolsonarismo.
A disputa entre Pimentel e Graeml expôs uma faceta do grupo de Bolsonaro: a contradição entre as alianças que o grupo faz com o apoio de Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PL, com as ações do grupo mais radical, liderado por Bolsonaro. Foi assim, por exemplo, que a direita "rachou" em São Paulo entre apoiar o prefeito Ricardo Nunes (MDB), que tinha o apoio formal do PL, e Pablo Marçal (PRTB), derrotado no primeiro turno.
Pimentel conseguiu superar a direita mais radical em sua disputa, sendo eleito prefeito da capital paranaense pelos próximos quatro anos.
Administrador de empresas, Pimentel vem de uma família de políticos. Seu avô, Paulo Pimentel, foi governador do Estado. Seu irmão, Daniel Pimentel Slaviero, é presidente da Companhia Paranaense de Energia (Copel). Entrou para política em 2014, quando se filiou ao PSDB e foi candidato a deputado estadual. Saiu derrotado naquele ano, mas dois anos depois foi indicado como vice na chapa de Rafael Greca (que, à época, estava filiado ao nanico PMN. Os dois foram vencedores no pleito. Pimentel trocou de partido de olho nas eleições deste ano, unindo-se ao grupo do governador do Paraná, Ratinho Jr. (PSD).
(Com Agência Estado)
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