Na sessão de terça-feira, 18, o vereador Eduardo Zanatta (PT) disse que a licença do deputado teria sido motivada pelo medo de ser preso.
Na tribuna, Jair Renan pediu respeito com sua família. "Quando você vai atacar alguém, ataque a pessoa, não ataque a família. Eu nunca desrespeitei nenhum familiar. O que aconteceu ontem (terça) foi algo mesquinho e de baixo calão", disse.
Ele também citou o pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e disse ter sido difícil vê-lo chorando pela decisão de Eduardo de não retornar ao Brasil.
"Foi duro ver o discurso dele na timeline. Foi duro ver meu pai naquele estado. Eu, que sou irmão, já senti bastante, mas meu pai, o que ele sentiu muitos aqui sabem. Muitos aqui são pais", afirmou.
Um trecho do discurso do filho "04" de Bolsonaro foi compartilhado por ele mesmo em seu perfil do Instagram.
Embora tenha anunciado que vai se licenciar do cargo, Eduardo Bolsonaro ainda não apresentou a solicitação oficial à Mesa Diretora da Câmara. O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, disse na quarta-feira que o partido pretende lançá-lo para o Senado por São Paulo e que ele retornaria ao Brasil daqui a quatro meses.
Eduardo afirmou, no entanto, que não tem previsão de retorno: "Eu só vou ter tranquilidade de voltar ao Brasil quando Alexandre de Moraes não for mais ministro da Suprema Corte ou estiver sendo posto no devido lugar dele".
O deputado disse que decidiu ficar nos Estados Unidos "para buscar sanções aos violadores dos direitos humanos", referindo-se ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
(Com Agência Estado)
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