Nesta quarta-feira, 29, o presidente do PSD afirmou que Lula é um forte candidato à reeleição, mas que não venceria o pleito de 2026 se fosse hoje. Kassab também salientou a sua preocupação com os rumos da economia e criticou a condução do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
"Não vejo articulação para reverter piora no cenário. Não vejo hoje nenhuma marca boa, como teve FHC Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente e Lula nos primeiros mandatos", afirmou, em painel da Latin America Investment Conference, evento realizado pelo UBS e o UBS BB no hotel Grand Hyatt, em São Paulo.
As declarações ocorrem em meio às conversas e definições do governo sobre reforma ministerial. O PSD foi o grande vencedor das eleições municipais de 2024, a julgar pelo número de prefeitos eleitos, e será um dos principais pilares para a gestão Lula na reestruturação da Esplanada.
Nas últimas semanas, o governo sofreu alguns reveses, como a polêmica envolvendo fake news de que o Executivo taxaria o Pix e o alto preço dos alimentos. Na semana passada, por exemplo, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, citou uma "intervenção" para baratear alimentos, mas a pasta alegou que o uso do termo é inadequado. Soma-se a isso o resultado da pesquisa Quaest, que mostrou que a desaprovação de Lula chegou a 49% e superou a aprovação pela primeira vez.
Diante desse momento, integrantes da gestão avaliam que Kassab se utilizou dessa fragilidade para mostrar a força do partido e acenar para mais cargos na Esplanada. As mudanças que devem ser anunciadas pelo chefe do Executivo visam as eleições de 2026. O governo sabe que o partido não dará apoio 100% à gestão, mas a estratégia de Lula é evitar que o PSD faça oposição no próximo pleito.
(Com Agência Estado)
Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.
Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.
Siga-nos no TWITTER ; INSTAGRAM e FACEBOOK e acompanhe as notícias em primeira mão.