"Não vou defender impeachment (de ministros do STF). Quem tem que tratar de impeachment são os senadores, ninguém a não ser o Senado Federal", disse o emedebista. "Sou prefeito da maior cidade da América Latina. Tenho perfeitamente a consciência da minha responsabilidade, daquilo que preciso e devo me posicionar. Como prefeito da cidade de São Paulo, jamais vou cometer uma fala irresponsável pelo exercício do meu cargo."
Em edições anteriores, o evento do Sete de Setembro na Paulista teve faixas com motes antidemocráticos, como pedidos de intervenção militar. Nunes afirmou que, de sua parte, não apoiará nenhuma palavra de ordem contra o estado democrático de direito. "Se alguém levantar uma faixa, não vou me constranger por nada que as outras pessoas façam. O que eu tenho que ter é meu comportamento, que sempre foi o de alguém que defendeu a democracia."
'Apartidária'
O prefeito desconversou também sobre a possibilidade aberta pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para que o influenciador e candidato do PRTB, Pablo Marçal, participe do ato. Para Nunes, não houve convite de Bolsonaro a Marçal, e sim uma decisão "acertada" de tornar a manifestação "apartidária".
Na semana passada, o ex-presidente publicou um vídeo em suas redes sociais expressando que todos os candidatos à Prefeitura interessados em participar do evento poderiam comparecer à Paulista.
'Pessoas ruins'
O atual chefe do Executivo paulistano minimizou a debandada do vereador Rubinho Nunes (União Brasil). Rubinho é candidato a mais um mandato na Câmara Municipal de São Paulo na coligação que apoia a reeleição de Nunes, mas passou a defender Marçal para a Prefeitura. O emedebista disse que eles já vinha tendo "divergências", com ênfase na crítica a um projeto de lei de Rubinho que previa multa de R$ 17 mil a quem doasse comida a pessoas em situação de rua. "Ele pensa muito diferente de mim, acho que ele pensa muito igual o Pablo. Ele tem que estar lá mesmo, o lugar dele é lá, das pessoas que são ruins."
Sobre as políticas para a população LGBT+ em um eventual segundo mandato, o prefeito reforçou que manterá os programas que implementou.
Ele afirmou que governa "para todos" e destacou que sua administração criou o primeiro centro de acompanhamento para pessoas trans, ampliou o programa Transcidadania, iniciado na gestão de Fernando Haddad (PT), e abriu abrigos para homens e mulheres trans em situação de rua.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
(Com Agência Estado)
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