O empresário, que agora abraça a alcunha que recebeu da oposição como motivo de chacota e passou a se autodenominar "Véio da Havan", postou um vídeo em seu perfil do X (antigo Twitter) nesta terça-feira, 11, em que lista o que considera os "acertos" de Trump nos Estados Unidos.
"Usando a lógica, bom senso, fazendo o simples, bem-feito, acabando com 'modismos' e a 'agenda woke'", cita o empresário, dando como exemplos como a taxação de produtos estrangeiros, medidas contra imigração ilegal, a saída dos Estados Unidos da Organização Mundial da Saúde, entre outros.
Procurado pelo Estadão para comentar sobre as publicações, Hang não havia respondido até a publicação deste texto.
Ainda em janeiro, o empresário fez outra publicação em que pede a opinião dos seguidores sobre um dos primeiros decretos assinados por Trump, que acaba com o regime de home office para funcionários públicos. Em outra postagem, pergunta aos internautas o que pensam sobre uma medida implementada pelo presidente de El Salvador, Nayib Bukele, que coloca presos para trabalhar.
Entre dezenas de postagens em que o dono da rede de lojas aparece dançando ou reproduzindo memes para divulgar o negócio, o empresário também elogia políticas pontuais, como a lei sancionada pelo governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), que proíbe músicas ou qualquer tipo de conteúdo que faça apologia ao crime, uso de drogas ou que tenha teor sexual em escolas do Estado.
Aliado de primeira ordem do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) desde 2018, quando ficou conhecido por apoiar o então candidato à Presidência, Hang se afastou da vida política desde fevereiro do ano passado. Na época, o empresário disse ao Estadão que não participaria do ato convocado por Bolsonaro em fevereiro, na Avenida Paulista, nem de nenhuma agenda do tipo, e que estava "100% focado" nas atividades empresariais.
Luciano Hang viu sua popularidade aumentar desde 2018. De lá para cá, a ligação com o político rendeu consequências negativas ao catarinense, com desdobramentos judiciais. Em janeiro de 2024, foi condenado ao pagamento de R$ 85 milhões em indenização por coagir funcionários a votarem em Bolsonaro naquele ano.
A proximidade com Bolsonaro fez com que o empresário cogitasse se candidatar ao Senado em 2022. Acusado pela CPI da Covid por disseminar fake news sobre o tratamento da doença, desistiu de disputar o cargo em março daquele ano. Hang, agora, está inelegível por oito anos.
(Com Agência Estado)
Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.
Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.
Siga-nos no TWITTER ; INSTAGRAM e FACEBOOK e acompanhe as notícias em primeira mão.