Após uma longa ginástica do governo federal para diminuir as tarifas do setor elétrico, o corte anunciado há pouco mais de um ano pela presidente Dilma Rousseff e em vigor desde 24 de janeiro ficou, na prática, abaixo do prometido à indústria.
A redução média percebida pelo setor até junho foi de R$ 14,4%. A meta anunciada pela presidente era de até 32% para este segmento -a média do corte industrial era de 20%, segundo o Ministério de Minas e Energia.
Os consumidores residenciais tiveram redução de 16% nas contas de luz. O objetivo do plano era cortar o preço da tarifa residencial em 18%. Os dados foram levantados pela Folha a partir do relatório de acompanhamento de preços praticados no setor feito pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).
|
O Ministério de Minas e Energia defende que o corte foi maior. Em nota encaminhada para a reportagem, os técnicos explicam que quando o governo anunciou, em janeiro, a entrada em vigor dos novos preços, a redução prometida foi calculada sobre as tarifas vigentes em dezembro do ano passado.
Segundo o ministério, neste intervalo, o desconto teria atingido a meta do governo para consumidores residenciais (18,5%) e ficado em 18,8% para a indústria.
O ministério destacou que as diferenças percebidas em relação às metas oficiais "decorrem da realização dos processos de reajustes e revisões tarifárias" a alguns distribuidores após aquela data.
Os reajustes e as revisões são mecanismos que alteram as tarifas para repassar custos extraordinários das empresas elétricas, considerar ganhos de eficiência, garantir retorno adequado aos empresários ou compartilhar ganhos de produtividade.
Cada distribuidora de energia passa pelo processo periodicamente, podendo ter o preço da tarifa alterado.
Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.
Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.
Siga-nos no TWITTER ; INSTAGRAM e FACEBOOK e acompanhe as notícias em primeira mão.