Ao deixar o apartamento de Chorão, o delegado Itagiba Vieira, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), disse que o imóvel estava muito danificado, num "processo de deterioração". Itagiba acredita que os danos tenham sido feitos pelo próprio cantor, já que o corpo foi encontrado com um dedo machucado e havia marcas de sangue no local. “Não tem nada que estivesse no lugar. Ele estava machucado no dedo, arrancou parte de uma unha, o que pode explicar as marcas de sangue na parede”, disse o delegado
O delegado Itagiba Vieira, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), disse nesta quarta-feira (6), que não acredita que o vocalista tenha sido vítima de um homicídio. "Aparentemente não foi homicídio. O IML é que vai dar a causa da morte. Aparentemente ou foi por uso de medicamento ou outra substância", disse o delegado.
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“Na última conversa que tivemos ele disse: ‘o que me derruba é que a gente nasceu sozinho e morre sozinho’. E ele morreu sozinho”, disse Sônia. “Faz um tempo que ele estava num processo de depressão muito profunda mesmo. Com o fim do casamento, as coisas pioraram muito para ele”. Chorão terminou o seu segundo casamento, que durou 15 anos, há cerca de seis meses, segundo informações da TV Globo.
A apresentadora não acredita na hipótese de suicídio. Segundo Sônia, ele era muito ligado à família e cuidava da mãe, vítima de um acidente vascular cerebral (AVC). “Ele deve ter tido uma crise de desespero forte, de solidão, depressão, seja o que for. Acho que ele não teve noção de que estava numa situação limite”. Ainda segundo Sônia Abrão, o cantor não fazia terapia. “Ele dizia que a sua terapia era o palco”.
Chorão, de 42 anos, foi encontrado morto por seu motorista e segurança nesta madrugada, em seu apartamento em Pinheiros, na Zona Oeste de São Paulo. Chorão, que morava em Santos, usava o apartamento esporadicamente, geralmente após shows.
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A assessoria de imprensa da banda informou ao G1 que Chorão estava de férias e embarcaria para os Estados Unidos nos próximos dias. Ainda segundo a assessoria, o estado de saúde dele era bom.
O cantor e letrista, que faria 43 anos em 9 de abril, liderava a banda fundada por ele na cidade de Santos, no litoral de São Paulo, em 1992. Em 15 anos de carreira, o Charlie Brown Jr lançou nove álbuns de estúdio, dois discos ao vivo, duas coletâneas e seis DVDs. Ao todo, o grupo vendeu 5 milhões de cópias.
Além de vocalista, Chorão era responsável pelas letras do Charlie Brown Jr e pelo direcionamento artístico e executivo da banda. Em 2005, o trabalho "Tâmo aí na atividade” foi premiado com o Grammy Latino de melhor álbum de rock brasileiro, o que se repetiu em 2010 com "Camisa 10 joga bola até na chuva".
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Chorão foi o único integrante do Charlie Brown Jr que permaneceu no grupo em todas as suas fases. Paulistano, Chorão adotou a cidade de Santos desde a juventude, onde criou a banda. Seu apelido foi dado ainda na adolescência, quando ele não sabia andar de skate e ficava apenas olhando os amigos. Um deles, então, pediu que o jovem não chorasse. Segundo a GloboNews, a infância e a adolescência de Chorão foram difíceis por conta da separação dos pais, que aconteceu quando ele tinha 11 anos. O músico largou a escola na sétima na série.
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