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Artigos Sexta-feira, 08 de Abril de 2022, 14:38 - A | A

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Sexta-feira, 08 de Abril de 2022, 14h:38 - A | A

NEILA BARRETO

Homens que ajudaram a construir uma Cuiabá de 303 anos

NEILA BARRETO

ARQUIVO PESSOAL

NEILA BARRETO

 

A maioria dos cuiabanos e mato-grossenses sabem que Cuiabá surgiu em 1719, e Mato Grosso, em 1748. Pensando assim, aprendemos nos bancos escolares que Cuiabá, nesse contexto, nasceu primeiro do que Mato Grosso. Pensando assim, entendemos que Cuiabá é a grande responsável pelos caminhos da governança na Vila e na Cidade desde os primórdios. E nesse contexto, homens e mulheres foram responsáveis pela bela cidade que hoje conhecemos.

Ao longo da sua existência Intendentes e prefeitos governaram a cidade. Uns migrantes, outros imigrantes e outros cuiabanos nascidos e criados por aqui. Dentre eles podemos destacar: Manoel Escolástico de Almeida Virginio, Intendente municipal de Cuiabá. Com a República, surgiram os intendentes nas principais cidades da província de Mato Grosso. O coronel Manoel Escolástico Virginio ocupou o cargo de 1893 a 1899 e de 10 de setembro de 1911 a 15 de janeiro de 1914.

Manuel Póvoas, de Portugal, região de Póvoa de Varzim, Barcelos e Braga. O primeiro ancestral de que se tem notícia, no Brasil, foi Joaquim de Mello Póvoas, capitão-general da capitania do Maranhão, no século XVIII. A mais remota informação, segundo Lenine Póvoas, é a presença de João Fernandes Póvoas adquirindo terras em Chapada dos Guimarães (MT). Casou com Ana Antônia da Fonseca. Filhos: José Fernandes Póvoas, casado com Antônia Alves da Cunha, pais de Ana Póvoas, João Fernandes Póvoas, José Póvoas, Antônio Póvoas e Pedro Fernandes Póvoas, nascido em 30 de abril de 1845. Era comerciante. Faleceu em 23 de novembro de 1932.

Deixou para Cuiabá continuadores da sua obra como Lenine de Campos Póvoas, advogado, historiador, professor, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso (TCE-MT), membro do Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso (IHGMT) e da Academia Mato-grossense de Letras; casado com Arlette Gargaglione Póvoas, pais de Aloisio Póvoas, Eduardo Póvoas e Maria Helena Gargaglione Póvoas.

Dentre muitos temos Francisco Xavier Silva Pereira, Francisco Arruda Lobo, Antônio Manuel Moreira, Fenelon Muller, Júlio Strubing Muller, João Ponce de Arruda, Benjamin Duarte Monteiro, Isac Povoas, Hélio Palma de Arruda, Bento Machado Lobo, Manoel Antônio Rodrigues Palma, Dante Martins de Oliveira, ex governador de Mato Grosso. Deputado. Ministro. O homem das diretas já. José Magno da Silva Pereira, professor, deputado estadual. Júlio Frederico ou Júlio Augusto Muller. Intendente-prefeito de Cuiabá no período 1906-1909. Antônio Manuel Moreira (Neco), nasceu em Cuiabá e seu nome é referenciado com nome de praça. Intendente-prefeito de Cuiabá, no período de 1924 a 1926. Avelino Antônio de Siqueira. Frederico Carlos Soares de Campos (prefeito de Cuiabá no período de 1966 a 1969 e governador do Estado de Mato Grosso).

Roberto França Auad, cuiabano, filho de Chála Badur Auad – Barão, casado com Maria Inez França Auad, foi prefeito de Cuiabá no período de 1º de janeiro de 1997 a 31 de dezembro de 2000, e reeleito para governar de 1º de janeiro de 2001 a 31 de dezembro de 2004. Deputado federal (1995-1996). Nascido em Cuiabá no dia 2 de outubro de 1948.Radialista. Vereador em Cuiabá, assumindo o mandato em fevereiro de 1965. Reeleito para a legislatura 1975-1979. No pleito de novembro de 1978, disputou uma vaga de deputado estadual na legenda arenista, obtendo apenas uma suplência. Deputado estadual entre 1981 e 1982, pelo PMDB. Nas eleições realizadas em novembro de 1986, elegeu-se deputado constituinte estadual na legenda do PMDB, assumindo o mandato em fevereiro de 1987. Em 1990, ingressou no Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) e elegeu-se deputado estadual, mais uma vez, em outubro de 1990. Eleito pelo PSDB com votos provenientes em sua maioria de Cuiabá, assumiu o mandato em fevereiro de 1995. Reeleito prefeito da capital mato-grossense no pleito de outubro de 2000, mais uma vez no primeiro turno, iniciou seu segundo mandato em 1º de janeiro de 2001.

Gonçalo Antunes de Barros. De Várzea Grande, à época distrito de Cuiabá, em 14 de maio de 1906, e faleceu no dia 4 de junho de 1990. Comerciante. Foi casado em primeiras núpcias com Antonina Coelho de Campos, com quem teve cinco filhos. Posteriormente, ficou viúvo e contraiu novas núpcias com Maria Eunice Duarte de Barros, com quem teve 11 filhos. Fixou residência em Cuiabá em 1919. Foi vereador por Cuiabá pela UDN, em 1954, sendo presidente da Câmara Municipal em 1955 e prefeito por duas vezes, em 1951 e 1953, em substituição ao prefeito da época que se encontrava em viagem. Em 8 de dezembro de 1958 inaugurou a Gráfica Eunice.

Benjamin Duarte Monteiro, filho de João do Lago Monteiro, natural do Maranhão, e de Antonina Duarte Monteiro. Deputado estadual. Procurador do Tribunal de Justiça. Procurador do Tribunal de Contas. Prefeito de Cuiabá no período em 1934. Casou com Ana Augusta de Oliveira Monteiro, filha de Mariana Nunes Ferraz e Francisco Pinto de Arruda. Filhos: Benjamin Duarte Monteiro Filho, casado com Selma Brunini; Leônidas Duarte Monteiro, casado com Marina Inês Molina; Arnaldo Duarte Monteiro.

José Garcia Neto. De Aracaju (SE). No final de 1945 foi designado para dirigir o Escritório de Cadastro e Urbanismo de Cuiabá pela empresa Coimbra e Bueno. Prefeito de Cuiabá no período de 1955 a 1959. Ele foi o último governador antes da divisão territorial de Mato Grosso, que aconteceu em 1979. Conduziu o Estado de 1975 a 1978. Garcia Neto resistiu ao processo de separação, mas não conseguiu convencer o então presidente da República, Ernesto Geisel, que assinou a Lei Complementar 31, sacramentando a divisão do Estado, criando Mato Grosso do Sul. Escreveu um livro sobre o movimento separatista. Engenheiro civil. Seu primeiro cargo foi de prefeito de Cuiabá (1955-1959). Depois veio a ser vice-governador de Fernando Corrêa da Costa (1961-1966) e deputado federal por duas vezes. Em 1978 e 1982 concorreu, sem êxito, ao Senado. Filho de Antônio Garcia Sobrinho e Antônia Menezes Garcia. Autor do projeto de criação da primeira empresa de construção civil em Mato Grosso. Casou com Maria Lygia de Borges Garcia em 12 de setembro de 1946. O casal teve cinco filhos, dois deles já falecidos: José Luís Borges Garcia e Gláucia Borges Garcia. Ele foi o último governador antes da divisão territorial de Mato Grosso, que aconteceu em 1979. É avô do senador Fábio Garcia.

Leonel Hugueney, foi prefeito de Cuiabá. Enquanto prefeito, realizou a doação à Federação Mato-grossense de Desportos (FMD) de uma área de 25.650m2, no bairro do Porto, para a construção do estádio Presidente Dutra (Dutrinha), no dia 2 de fevereiro de 1950, hoje resignificado pelo prefeito Emanuel Pinheiro, na gestão municipal da cultura, esportes e Lazer de Aluízio Arruda. Casou-se com Olga de Matos Hugueney.

Wilson Pereira dos Santos, professor e político brasileiro, prefeito de Cuiabá de 1º de janeiro de 2005 a 31 de dezembro de 2008, reeleito de 1º de janeiro de 2009 a 31 de março de 2010. Wilson, nascido em Dracena, chegou em Cuiabá aos 3 anos de idade, em 1964. Formou-se em Ciências Sociais e Direito pela UFMT e lecionou história de Mato de Grosso durante as décadas de 80 e 90 em escolas e cursinhos pré-vestibulares na capital. Em 1990, elegeu-se deputado estadual e foi reeleito em 1994 com a maior votação naquele pleito. Em 1998, elegeu-se deputado federal e em 2000 concorreu pela primeira vez à prefeitura de Cuiabá. Reeleito deputado federal, em 2002, pelo Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), licenciou-se da Câmara dos Deputados para concorrer novamente à prefeitura de Cuiabá em 2004, quando foi eleito no segundo turno. Em 2008, em eleição novamente decidida no segundo turno, foi reeleito. Em 2014, Wilson Santos definiu que iria concorrer a uma cadeira na Assembleia Legislativa de Mato Grosso, e obteve êxito nas eleições, como também em 2018

Emanuel Pinheiro – cuiabano do Coxipó, Emanuel Pinheiro, atual prefeito de Cuiabá, de 1º de janeiro de 2017. Filho de Emanuel Pinheiro da Silva Primo, nascido em 1º de agosto de 1929, em Cuiabá. Advogado, em 1956. Procurador. Professor, arquivista da prefeitura de Cuiabá em 1948 e político brasileiro que foi deputado federal por Mato Grosso. Filho de Manoel Pinheiro da Silva Filho e Maria da Conceição Pinheiro. No pleito de outubro de 1962 elegeu-se deputado à Assembleia Legislativa de Mato Grosso na legenda do Partido Social Democrático (PSD), assumindo o mandato em fevereiro do ano seguinte no período 1963-1971. Com a extinção dos partidos políticos pelo Ato Institucional nº 2 (27 de outubro de 1965) e a posterior instauração do bipartidarismo, filiou-se à Aliança Renovadora Nacional (Arena), partido de sustentação ao regime militar vigente no país desde abril de 1964, em cuja legenda se reelegeu no pleito de novembro de 1966. Nessa legislatura foi presidente da Assembleia Legislativa de 1967 a 1969. No pleito de novembro de 1970 elegeu-se deputado federal por Mato Grosso (1971-1974). Casado com Maria Helena de Freitas Pinheiro, com quem teve os filhos: Helena Maria de Freitas Pinheiro, casada com Paulo Antônio Carvalho Silva; Marco Antônio de Freitas Pinheiro, casado com Virgínia Maria Drummond Pinheiro; Marco Túlio de Freitas Pinheiro, casado com Vilma Pinheiro; Emanuel Pinheiro, atual prefeito de Cuiabá, de 1º de janeiro de 2017 aos dias atuais, casado com Márcia Khun Pinheiro, pais de dois filhos, Emanuel Pinheiro Primo (deputado federal (2018) e Elvis Khun Pinheiro; e, Marco Polo de Freitas Pinheiro, casado com Bárbara Noronha Pinheiro.

(*) NEILA BARRETO é Jornalista. Mestre em História. Membro da AML e atual presidente do IHGMT.

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br

 

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