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Artigos Quarta-feira, 21 de Maio de 2014, 09:13 - A | A

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Quarta-feira, 21 de Maio de 2014, 09h:13 - A | A

Escalada da violência

Quando um grampo não atende a burocracia do estado, ao invés de corrigir os modus operandi, inocentam o bandido apesar das confissões explícitas

JOÃO EDISOM



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Vivemos um momento assustador quando o assunto é violência. O Brasil, além de ser um país imensamente caro e injusto, também é perigoso para viver. A onda de violência assola em todos os cantos, da cidade ao campo, não há mais lugar seguro ou tranquilo para viver. A pergunta que não quer calar: por que há tantas pessoas roubando, assaltando ou matando? Por que os índices de assassinatos são tão altos?


São muitas as explicações, mas procuro neste texto fazer algumas reflexões a cerca de questões que se não são os motivos, pelo menos incentivam as práticas criminosas e os desmandos juntos aos cidadãos honestos e trabalhadores que com seu suor procuram viver dignamente em meio ao caos das mazelas deste nosso Brasil desorientado.

Agricultores da agricultura familiar no Paraná estão plantando e na hora de colher os produtos precisam fazer plantões nas roças. Caso contrário vem gente a noite e rouba os produtos. Postos de combustível em muitas cidades não abrem mais entre as 21h e as 06h, mesmo assim os assaltos passam a ser a luz do dia. Mulheres não podem mais desfilar nas ruas suas joias, pois são roubadas. Celulares considerados de ponta não podem ser expostos que o dono corre risco de morte. O que é isso?

Bem, primeiro nossas leis, em sua grande maioria, não são feitas para regularem a convivência social, mas sim para gerarem trâmites jurídicos, processuais e formalidades burocráticas com o objetivo de geração de emprego e renda. As cortes estão preocupadas com o que está escrito nos papéis e não nas ações ou riscos que a sociedade corre, por isso soltam, sem nenhum escrúpulo, criminosos de toda espécie, sob a alegação de textos mal escritos ou falta de documentos anexados ao processo.

Quando um grampo não atende a burocracia do estado, ao invés de corrigir os modus operandi, inocentam o bandido apesar das confissões explícitas.

As políticas governamentais quase sempre são visando às próximas eleições, ou seja, o voto, e por isso são frouxas e complacentes com a desordem e o caos. Isso quando não são os provocadores do próprio caos e defensores de bandidagem política. Vide os casos dos mensaleiros presos aos quais foi permitido arrecadar dinheiro para pagar os prejuízos dado a nação. Governo também forma quadrilha.

Os programas habitacionais tão necessários, mas na maioria dos casos são excludentes, formando bolsões periféricos carentes de tudo, viram espaço segregado gerando exclusão e conflito. São verdadeiros barris de pólvora prontos para estourarem. E as políticas de assistencialismo que privilegiam para dar o peixe, mas jamais aprender a pescar, com o velho intuito de manter os currais eleitorais para garantir as malfadadas reeleições. Para viabilizar verdadeiros saques aos cofres públicos.

E a educação, o que falar da grande maioria das escolas, depósito de gente. No final do século passado tínhamos problemas com crianças que não iam para a escola. Hoje estamos preocupados com crianças que vão a escola, pois dentro delas são excluídas de serem cidadãos por falta de um projeto educacional adequado, de disciplina e conteúdos que realmente possam significar na vida futura destes seres.

O capitalismo consumista que exige cada dia mais que para ser reconhecido tem que consumir. Tanto que o governo metalúrgico sempre está preocupado em vender carro para que as montadoras faturem e não dispensem os companheiros de outrora, mas não estão preocupados com a saúde da maioria dos brasileiros que não tem benefícios do tipo “IPI reduzido” para remédios e consultas médicas.

Na propaganda do partido presidente fala-se em medo do passado. Pois é gente, o passado matava menos pessoas e criava menos bandidos. Vejam os dados. Analisem as estatísticas. Eu também tenho medo das políticas do passado, mas tenho muito mais medo de viver no presente, pois saio de casa e nunca sei se vou voltar. Em um governo corrupto e violento as pessoas seguem o rei. Afinal, tem mais gente graúda para defender bandido que para proteger o trabalhador.

*JOÃO EDISOM DE SOUZA é analista político, professor universitário em Mato Grosso e colaborador de HiperNotícias.

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br

 

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Gilmar Maldonado Roman 21/05/2014

Mais um excelente artigo do João Edsom. Parabéns!

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