A exposição acompanha a produção do carioca realizada entre 1966 e 2022, em uma retrospectiva que apresenta mais de 100 obras. Uma delas é Lute, de 1967, que aparece como um das mais emblemáticas da carreira de Zilio: uma serigrafia que traz um rosto amarelo, de formato indefinido, dentro de uma marmita com a tampa aberta.
A ideia era conscientizar os trabalhadores contra o autoritarismo, em um movimento de Zilio de contestação da ditadura, que o levou a ser preso.
Outra obra significativa presente na exposição é A Querela do Brasil. Tela realizada entre 1979 e 1980, a obra critica o modernismo e os estereótipos da brasilidade. A mostra também traz, pela primeira vez, cadernos de Zilio com projetos de suas criações. A curadoria é assinada por Paulo Miyada e o projeto expográfico é de Fernanda Bárbara.
Zilio estudou pintura com Iberê Camargo nos anos 1960, quando integrou mostras importantes como Opinião 66 e Nova Objetividade Brasileira. Em 1975, após produzir obras com o objetivo de promover agitação política, foi preso. Na prisão, produziu uma série de desenhos. Depois de ser solto, exilou-se e, na volta ao Brasil, passou a se dedicar ao ensino.
Carlos Zilio - A Querela do Brasil
Itaú Cultural. Av. Paulista, 149.
3ª a sábado, 11h às 20h. Gratuito.
Abertura na 3ª (25/3).
Até 6/7
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
(Com Agência Estado)
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