O presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT), Sérgio Ricardo, disse que os 600 leitos de hospitais públicos de Cuiabá estão ocupados e há pacientes "morrendo" por falta de vaga. O dado foi apontado em reunião na Assembleia Legislativa com os secretários municipais de Saúde da Capital e Várzea Grande na tarde desta segunda-feira (9). Como tentativa de impedir que o "caos" continue em 2025, Sérgio Ricardo adiantou que o desembargador Orlando Perri convocará o atual prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) e o prefeito eleito Abilio Brunini (PL) para audiência de conciliação.
"Nós estamos vivendo o caos há muitos meses e estamos chegando agora ao caos total. Os próximos meses de janeiro e fevereiro também serão meses de caos na próxima gestão, se não estancar agora. Essa reunião foi muito importante e a propositura feita agora e foi aceita pelo desembargador é de que ele vai convocar os prefeitos", falou o presidente do TCE-MT à imprensa.
"Não há mais nenhuma possibilidade de internação hoje. O Estado regula, tenta colocar um paciente no hospital, mas todas as UPAs estão lotadas, hoje tem gente morrendo", emendou.
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O conselheiro indicou que salários, 13º e fornecedores estão deixando de ser pagos, ameaçando a manutenção dos atendimentos. O drama das portas sendo fechadas foi enfrentado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Municipal de Cuiabá (HMC). A empresa responsável pela prestação do serviço denunciou um suposto "calote" da Prefeitura. O atendimento foi regularizado após acordo entre as partes.
"A folha está atrasada, 13º sem previsão, fornecedores sem possibilidade de receber e tem mais o problema de as indústrias de remédios estarem dando férias coletivas. Daqui a pouco, entra o próximo prefeito, que vai levar de dois a três meses para começar a fazer licitações. Janeiro, fevereiro e março, o caos vai se alastrar muito mais", disse Sérgio Ricardo.
KALIL TAMBÉM SERÁ CONVOCADO
A audiência de conciliação também será promovida entre o atual prefeito de Várzea Grande, Kalil Baracat (MDB), e a prefeita eleita Flávia Moretti (PL). O presidente do TCE detalhou que Emanuel Pinheiro e Kalil Baracat terão que informar sobre a situação dos estoques de medicamentos, as licitações em andamento e o que será necessário comprar nos próximos meses para garantir o funcionamento das unidades de saúde.
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