O presidente da Câmara Municipal de Cuiabá, vereador Justino Malheiros (PV), apura os fatos que resultaram na prisão do procurador geral da instituição, Francisco Faiad, na 5ª fase da Operação Sodoma, para então decidir se exonera ou não o advogado do cargo de confiança que ocupa no Legislativo municipal.
Alan Cosme/HiperNoticias
Vereador Justino Malheiros espera o andamento do processo para comentar operação
Faid foi preso nesta terça-feira (14) durante a Operação Sodoma 5, deflagrada pela Polícia Civil. O motivo de sua prisão, segundo a Delegacia Fazendária, tem a ver com a atuação dele como secretário de Administração no Governo Silval Barbosa, suposto uso da máquina pública para conseguir lavar dinheiro e recebimento de vantagens indevidas.
Ao HiperNotícias, Malheiros comentou que aguarda andamento das investigações para tomar algum posicionamento. “Assim que tivermos o fato averiguado, porque nos pegou de surpresa... Assim que nós tivermos as informações fidedignas do que aconteceu, da forma em que aconteceu e da condição do processo em si, a Mesa Diretora vai se pronunciar da forma que lhe compete...”, informou Justino, momentos antes de iniciar a sessão legislativa desta terça-feira (14).
Justino afirmou ainda que, até que se prove o contrário, ele confia no procurador da Câmara. “Faiad é uma pessoa idônea, uma pessoa competente, um ex-presidente da Ordem (OAB), destacou.
Com receio da polêmica respingar na imagem da Câmara, Justino fez questão de reforçar que esta operação nada tem a ver com a instituição. “Não tem nenhum membro da Câmara envolvido nesta operação, é um desdobramento da Operação Sodoma do Governo do Estado de Mato Grosso. A Câmara não tem nada a ver, em que pese ele ser um servidor comissionado da nossa instituição”, frisou.
Faiad foi um dos cinco presos nesta manhã pela 5ª fase da operação. Além das prisões, foram nove conduções coercitivas.
A Operação
Jessica Bachega/HiperNoticias
A Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso deflagrou na manhã desta terça-feira (14.02) 5ª fase da Operação Sodoma, que investiga fraudes à licitação, desvio de dinheiro público e pagamento de propinas, realizados pelos representantes da empresa Marmeleiro Auto Posto LTDA e Saga Comércio Serviço Tecnológico e Informática LTDA, em benefício da organização criminosa comandada pelo ex-governador, Silval da Cunha Barbosa.
A investigação presidida pela Delegacia Especializada de Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública, cumpri cinco mandados de prisão preventiva, nove de condução coercitiva e nove de busca e apreensão domiciliar, nos estados de Mato Grosso, Santa Catariana e Distrito Federal.
Os mandados de prisão foram cumpridos contra os investigados: Valdisio Juliano Viriato, Francisco Anis Faiad, Silval da Cunha Barbosa, Sílvio Cesar Corrêa Araújo, Jose Jesus Nunes Cordeiro. Entre os conduzidos coercitiva para interrogatórios estão: Wilson Luiz Soares, Mario Balbino Lemes Junior, Rafael Yamada Torres, Marcel Souza de Cursi.
Os suspeitos são investigados em fraudes à licitação, corrupção, peculato e organização criminosa em contratos celebrados entre as empresas Marmeleiro Auto Posto LTDA e Saga Comércio Serviço Tecnológico e Informática LTDA, nos anos de 2011 a 2014, com o Governo do Estado de Mato Grosso.
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