Governador culpa greve do ano passado pela suspensão de contratos

Após ser alvo de críticas por deputados estaduais na última quarta-feira (1), o governador Mauro Mendes (DEM) se demonstrou irredutível quanto à suspensão do contrato com os professores interinos contratados pela Secretária de Educação (Seduc).

Jader Paes/ Agência Pará

 

Em entrevista à Rádio Capital FM, o chefe do executivo estadual disse não querer colocar “lenha na fogueira”, mas responsabilizou a greve do ano passado, endossada pelo Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público (Sintep-MT), pela situação.

“Sabe por que está parado esse ano letivo e os profissionais não estão sendo contratados? Por culpa do Sintep, que fez greve ano passado. Porque as escolas que não fizeram greve, os professores contratados iniciaram um período de trabalho no mês de fevereiro, assinaram o contrato em fevereiro e estavam trabalhando. Esses que começaram a trabalhar em fevereiro estão recebendo e vão continuar recebendo”, declarou.

Apesar dos posicionamentos desfavoráveis à postura de Mendes, o governador voltou a afirmar que estaria cometendo improbidade administrativa caso assinasse o contrato dos profissionais que não começaram o ano letivo.

“Se não começou as aulas, como vou assinar um contrato para mandar o cara pra casa? Eu estaria rasgando dinheiro público. Eu seria processado pelo Ministério Público por improbidade e a culpa disso foi da greve do ano passado”, afirmou o chefe do Executivo durante a entrevista.

O democrata esclareceu também que o atraso no calendário letivo gerou o impasse, mas que os professores serão contratados quando as atividades forem retomadas.

“Aquelas escolas que entraram em greve não reiniciaram o período letivo, então o governo não assinou ainda o contrato desses profissionais. É improbidade administrativa eu contratar gente e pagar para mandar pra casa. Quando reiniciar as aulas, a gente assina o contrato e coloca essas pessoas para trabalhar”.

Mendes concluiu dizendo que não estaria cumprindo o seu papel como governador caso assinasse os contratos, enfatizando que a atitude seria rasgar dinheiro público.

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