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Polícia Quarta-feira, 02 de Agosto de 2023, 11:38 - A | A

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Quarta-feira, 02 de Agosto de 2023, 11h:38 - A | A

QUATRO PRESOS E UM MORTO

Venda de cigarros sem aval do CV motivou execução de empresário no Shopping Popular

Vítima recebeu diversas ameaças de faccionados para que parasse de comercializar os ilícitos em Cuiabá

THIAGO STOFEL
Da Redação

Em entrevista coletiva realizada na manhã desta quarta-feira (2), o delegado da Polícia Civil, Bruno Abreu, informou que o empresário Josionaldo Ferreira de Araújo foi morto porque estava vendendo de cigarros contrabandeados do Paraguai sem o aval da facção criminosa Comando Vermelho. A vítima foi executada dentro do Shopping Popular de Cuiabá, em dezembro de 2022.

LEIA MAIS: Imagens mostram assassinato de lojista no Shopping Popular de Cuiabá; confira vídeo

“Incialmente, partimos com duas linhas de investigações, mas, recentemente, a polícia conseguiu identificar que a vítima realizava a venda de cigarros ilegais sem a permissão da facção criminosa predominante na cidade, que realizou diversas ameaças contra ele, seja pessoalmente ou por mensagens. Mas, como ele não desistiu de praticar o crime, acabou sendo executado pelos faccionados”, disse o delegado.

Em seguida, a autoridade policial ainda esclareceu que a organização não permite a venda de cigarros, bebidas ou drogas que não sejam compradas com membros da facção.

“O maior problema é que ele recebia este produto direto do Paraguai e realizava a venda. Ele não tinha um intermediário. E, por não ter, ele conseguia vender estes cigarros mais baratos, porque comprava por um valor menor. Caso ele comprasse essa mercadoria diretamente como o CV, ele certamente pagaria um valor maior e venderia mais caro. Desta forma, ele prejudicava indiretamente os "negócios" da facção e, por isso, ele foi morto”, explicou.

Por fim, Bruno disse que os criminosos foram para matar Josinaldo e que esta decisão partiu de líderes da organização. Segundo eles, a vítima teria ultrapassado todos os limites e já tinha sido avisada sobre o que aconteceria se continuasse a vender o material ilícito.

Nesta terça-feira, a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa deflagrou a “Operação Unity” para cumprimento de ordens judiciais contra os faccionados envolvidos no homicídio. Durante a ação, foram presos três membros do CV, além de ter sido cumpridos cinco mandados de busca e apreensão. As investigações continuam para identificar todos os envolvidos no homicídio de Josinaldo Ferreira.

LEIA MAIS: Polícia cumpre mandados contra envolvidos na execução de empresário no Shopping Popular

Na época em que o crime ocorreu, um dos criminosos identificado pelas iniciais B.F.S. foi preso em flagrante, e seu comparsa Wenderson Santos Souza, de 24 anos, morreu em confronto com policiais militares próximo ao Shopping Popular. 

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