Em entrevista coletiva realizada na manhã desta quarta-feira (2), o delegado da Polícia Civil, Bruno Abreu, informou que o empresário Josionaldo Ferreira de Araújo foi morto porque estava vendendo de cigarros contrabandeados do Paraguai sem o aval da facção criminosa Comando Vermelho. A vítima foi executada dentro do Shopping Popular de Cuiabá, em dezembro de 2022.
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“Incialmente, partimos com duas linhas de investigações, mas, recentemente, a polícia conseguiu identificar que a vítima realizava a venda de cigarros ilegais sem a permissão da facção criminosa predominante na cidade, que realizou diversas ameaças contra ele, seja pessoalmente ou por mensagens. Mas, como ele não desistiu de praticar o crime, acabou sendo executado pelos faccionados”, disse o delegado.
Em seguida, a autoridade policial ainda esclareceu que a organização não permite a venda de cigarros, bebidas ou drogas que não sejam compradas com membros da facção.
“O maior problema é que ele recebia este produto direto do Paraguai e realizava a venda. Ele não tinha um intermediário. E, por não ter, ele conseguia vender estes cigarros mais baratos, porque comprava por um valor menor. Caso ele comprasse essa mercadoria diretamente como o CV, ele certamente pagaria um valor maior e venderia mais caro. Desta forma, ele prejudicava indiretamente os "negócios" da facção e, por isso, ele foi morto”, explicou.
Por fim, Bruno disse que os criminosos foram para matar Josinaldo e que esta decisão partiu de líderes da organização. Segundo eles, a vítima teria ultrapassado todos os limites e já tinha sido avisada sobre o que aconteceria se continuasse a vender o material ilícito.
Nesta terça-feira, a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa deflagrou a “Operação Unity” para cumprimento de ordens judiciais contra os faccionados envolvidos no homicídio. Durante a ação, foram presos três membros do CV, além de ter sido cumpridos cinco mandados de busca e apreensão. As investigações continuam para identificar todos os envolvidos no homicídio de Josinaldo Ferreira.
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Na época em que o crime ocorreu, um dos criminosos identificado pelas iniciais B.F.S. foi preso em flagrante, e seu comparsa Wenderson Santos Souza, de 24 anos, morreu em confronto com policiais militares próximo ao Shopping Popular.
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