O delegado Eugênio Rudy Júnior, de Chapada dos Guimarães (65 km de Cuiabá), deu detalhes sobre a caçada que culminou com a prisão do advogado e servidor público Cleber Lagreca suspeito do feminicídio da empresária Elaine Stelatto. A prisão foi efetuada no último sábado, 28 de setembro, no Hotel Borborema, nas proximidades do Terminal Rodoviário de Cuiabá.
De acordo com Rudy Júnior, na sexta-feira (27), ao saber do mandado de prisão em seu desfavor, Lagreca tentou enganar a polícia e fugiu para diversos locais, até ser pego no estabelecimento comercial.
A autoridade policial conta que, inicialmente, as equipes foram até o apartamento dele, mas o advogado tinha acabado de sair em um caminhonete S-10. O veículo pertencia a ex-esposa de Cleber, que também possuía um imóvel em Santo Antônio de Leverger (33 km da Capital).
A equipe foi até a propriedade, mas só encontrou a S-10 abandonada, já que Lagreca havia fugido em outro veículo, um Fiat Strada Adventure.
Já no sábado, dia da prisão, os policiais tomaram conhecimento sobre um outro imóvel da ex do advogado, situado nas proximidades do Shopping Pantanal, em Cuiabá.
“Fizemos um cerco lá, contudo ele conseguiu mais uma vez escapar, só que dessa vez saiu a pé e sem celular. Ele foi andando até a região da rodoviária”, contou o delegado.
Tendo uma pista do paradeiro do fugitivo, as equipes começaram a procurar por Lagreca nos hotéis da região. Ele foi encontrado no Hotel Borborema, onde teve o mandado de prisão cumprido pela Polícia Civil.
“Fomos até a rodoviária, olhamos ônibus por ônibus e nada dele. Resolvemos verificar nos hotéis da região, oportunidade em que o localizamos e o prendemos”, concluiu Eugênio Rudy Júnior.
VEJA VÍDEO DA PRISÃO
O CASO
Elaine Stelatto morreu em outubro do ano passado, no Lago do Manso. A versão inicial foi de que ela teria se afogado ao amarrar uma corda na cintura e ser puxada pela lancha em que estava com Lagreca. No entanto, de acordo com os laudos periciais, Elaine sofreu “múltiplos traumas contusos” antes de morrer.
Cleber Lagreca responde por feminicídio, estupro e fraude processual.
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