Edézio Correa, ex-delator e que contribuiu com as investigações da Operação Sodoma foi um dos alvos da Operação Gomorra, deflagrada pelo Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco), nesta quinta-feira (7). A ação investiga uma empresa constituída para fraudar licitações e obter vantagens indevidas em prefeituras e câmaras municipais de Mato Grosso. Edézio foi preso assim como sua esposa, irmã e sobrinhos. A prefeita de Barão de Melgaço (68 km de Cuiabá), Margareth Gonçalves da Silva, conhecida como Margareth de Munil (UB) foi alvo de busca e apreensão. Isso porque, a cidade é um dos locais em que os crimes eram supostamente cometidos.
Durante as investigações, o Naco fez o cruzamento de dados de parentescos e quadros societários das empresa e identificou um diagrama de vínculos existentes entre as empresas Centro América Frotas Ltda, Saga Comércio e Serviço Tecnologia e Informática Ltda, Pantanal Gestão e Tecnologia Ltda e Pontual Comércio Serviços Terceirizações Ltda.
A apuração revelou, ainda, que nos últimos cinco anos, os montantes pagos às empresas chegam à quantia de R$ 1.8 bilhão, conforme a lista de contratos divulgada no Radar MT do Tribunal de Contas do Estado (TCE).
Segundo o Naco, empresas investigadas atuam em diversas segmentos, sempre com foco em fraudar a licitação e disponibilizam desde o fornecimento de combustível, locação de veículos e máquinas, fornecimento de material de construção até produtos e serviços médico-hospitalares.
Além de Edézio Correa, também são investigados Tayla Beatriz Silva Bueno Conceição, Roger Correa da Silva, Waldemar Gil Correa Barros, Eleide Maria Correa, Janio Correa da Silva e Karoline Quatti Moura. Desse grupo apenas Karoline Quatti não foi alvo de mandado de prisão.
Foram alvos de busca e apreensão as empresas pertencentes aos investigados e a Prefeitura de Barão de Melgaço.
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