Um suposto ‘domínio’ de território por facções criminosas em Mato Grosso foi descartado pelo delegado da Gerência de Operações Especiais (GOE) da Polícia Civil, Frederico Murta, na entrevista da semana do HNT TV desta sexta-feira (19), já disponível no Youtube.
Murta, que atuou na 'Operação Apito Final', que prendeu preventivamente 21 pessoas integrantes do Comando Vermelho, inclusive uma liderança do grupo, garante que a polícia entra em qualquer lugar do Estado. Frederico Murta, que investiga o caso desde 2022, revela que ele e sua equipe descobriram que uma das lideranças presas na operação policial, o suspeito Paulo Witer Farias, o 'WT', quando estava preso, ordenava crimes da unidade prisional e infiltrava seus membros em bairros da Capital, principalmente no Jardim Florianópolis.
“Nós constatamos que ele continuava atuando mesmo preso. Depois, ele ganhou o semiaberto e viajava com um time, mas a tornozeleira eletrônica dele apontava que a localização era em Cuiabá. Não devemos nos enganar, essas pessoas são capazes. Roubo a banco, roubo a defensivos agrícolas, homicídios, eles visam o lucro. São centenas de pessoas praticando crimes violentos para que o dinheiro seja canalizado”, explicou o delegado do GOE.
Com a prisão dos 21 integrantes do CV, o delegado afirma que o problema 'foi cortado na raiz', já que planejavam e ordenavam os crimes na Baixada Cuiabana. Murta ainda reforçou que não existe domínio de território por parte de nenhuma facção ou grupo criminoso no Estado.
Como lideranças criminosas se infiltram nas comunidades/bairros e ganham popularidade e como agem através do ‘assistencialismo’ para ter a população como rede de apoio são alguns dos assuntos tratados da entrevista com o delegado da Polícia Civil.
A entrevista com Frederico Murta já está disponível no Canal do HNT TV , no Youtube.
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