Um homem, que não teve a identidade divulgada, foi preso por sequestrar e manter uma garota de programa em cárcere privado depois que a jovem se recusou a passar uma semana com ele. A prisão foi efetuada na quarta-feira (9), em Sorriso (420 km de Cuiabá). O suspeito foi autuado por sequestro e cárcere privado para fins libidinosos.
Segundo a Polícia Civil, as investigações começaram depois que as autoridades receberam uma denúncia pelo celular da unidade de Sorriso, informando que uma mulher, moradora de Rondonópolis (216 km da Capital) havia sido sequestrada por um homem e estava sendo mantida em uma casa em Sorriso.
Em posse das informações, uma equipe foi ao endereço fornecido e conseguiu resgatar a vítima, que foi encaminhada à delegacia. No momento do resgate, o suspeito não estava na casa e foi preso depois, ao comparecer à delegacia.
À polícia, a vítima relatou que é garota de programa, reside em Rondonópolis, e o suspeito a teria sequestrado após contratar um programa com ela.
O homem perguntou quanto a vítima cobraria para ficar uma semana com ele, porém, a mulher respondeu que não fornecia esse tipo de serviço e explicou a maneira como trabalhava, o que o cliente aceitou, inicialmente e disse que a levaria à casa dele, porém, sem dizer que morava em Sorriso.
Quando estava no carro com ele e pediu para carregar seu telefone e falar com a pessoa que fez o agendamento do programa, o suspeito lhe tomou o celular, dizendo que ela não se preocupasse.
No trajeto, a vítima foi ameaçada pelo suspeito, que disse fazer parte de uma seita espiritual e foi orientado a levar a mulher consigo até sua residência.
Ao chegar à casa em Sorriso, a vítima viu duas espingardas em uma parede da casa. Na tentativa de escapar, ela pediu para carregar o celular e conseguiu avisar duas amigas sobre o local onde estava.
Ao ver que ela havia pedido ajuda, o suspeito tomou o celular e levou para outro cômodo. Na quarta-feira pela manhã, o agressor devolveu o aparelho e pediu para que a vítima gravasse um vídeo relatando que estava bem, caso a polícia aparecesse, e que bloqueasse as amigas em seu telefone.
“As condutas narradas amoldam-se ao crime de sequestro, pois a vítima foi retirada de sua cidade, contra o seu consentimento, mantida na casa do suspeito, em uma cidade que ela não conhece e na casa havia armas, o que intimidou a jovem”, explicou a delegada Jéssica Assis, acrescentando que o suspeito cometeu o crime a fim de garantir que assim continuasse após a vítima se negar passar uma semana com ele.
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