O delegado titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Nilson Farias, afirmou que o produtor rural, Aníbal Monteiro Laurindo, foi indiciado como mandante da morte do advogado Roberto Zampieri. Segundo Nilson, o inquérito foi concluído e ele tem "101% de certeza" que Aníbal encomendou o assassinato. Uma disputa de terra em Paranatinga (a 373 de Cuiabá) teria motivado o crime. Aníbal vai responder por homicídio qualificado, paga e promessa de recompensa e traição de emboscada. A esposa de Aníbal, Elenice Ballaroti Laurindo, não foi indiciada.
"Foi concluído o inquérito que apura o mandato do homicídio de Zampieri. Foi indiciado o Aníbal pelo crime, ele vai ser enquadrado nesses delitos. No final da investigação, foi identificado com 101% de certeza de que foi Aníbal que mandou matar o advogado Roberto Zamperi", asseverou Nilson Farias em coletiva nesta terça-feira (9).
Roberto Zampieri foi morto à tiros na frente do seu escritório no Bosque da Saúde, em Cuiabá, em 5 de dezembro de 2023. Conforme o delegado, o atirador estudou a rotina do advogado. Os investigadores da DHPP chegaram a essa conclusão ao ter acesso ao celular do produtor rural. Ele trocava mensagem com o coronel do Exercíto Etevaldo Caçadini sobre a disputa pelas terras. O militar é considerado intermediador do crime e foi indiciado no primeiro inquérito sobre o caso. Hoje Caçadini é réu pelo assassinato.
O delegado frisou que quando Zampieri entrou com um pedido de produção de provas, o seu escritório começou a ser fotogrado. Além disso, o advogado também recebia ligações o ameaçando. Etevaldo Caçadini tentou negar os fatos, porém, a DHPP encontrou algumas dessas fotos em seu aparelho.
"Existia uma disputa de uma terra em Paranatinga e nesse processo cível, as datas são muito coincidentes. No próprio celular do Caçadini, nós encontramos imagens. O coronel fala que não conhecia ninguém em Cuiabá, mas existiam fotos no celular dele", explicou Nilson Farias.
A esposa do produtor, Elenice Ballaroti, foi poupada pela DHPP. O delegado esclareceu que ela não tinha nenhum vínculo como mandatária. Aníbal era quem conduzia toda a organização.
"Em relação Elenice, foi verificado que ele que detectou todo o direcionamento, ele quem manda", finalizou.
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