O cerco contra os criminosos que aterrorizaram Confresa (1.120 km de Cuiabá) foi destaque na edição deste domingo (7) no Fantástico. Ao longo de oito minutos, a reportagem abordou a atuação do bando desde o dia do crime, em 9 de abril, até o pânico que moradores do noroeste do Tocantins enfrentam até hoje, quase um mês depois.
A reportagem conta o drama de gestores municipais, servidores, produtores rurais e trabalhadores que tiveram suas atividades interrompidas pelo medo de serem surpreendidos pelos integrantes do bando que continuam escondidos na mata.
"A gente está vivendo uma situação anormal. É um faroeste, um filme de terror que muitas pessoas não imaginaram que a gente estaria vivendo", contou a diretora Marcilene Soares da Silva à reportagem da Globo.
Além de moradores dos municípios da região afetada, o Fantástico também ouviu autoridades como o secretário de Segurança Pública de Mato Grosso, coronel Cesar Augusto Roveri. Durante a entrevista, o militar garantiu que as forças de segurança continuam empenhadas em identificar e deter todos os integrantes do bando. Até agora cinco pessoas foram presas e 15 morreram em confrontos com a polícia.
DINÂMICA DO CRIME
A reportagem também conta com detalhes toda a dinâmica dos criminosos, desde o momento que saíram em carros blindados do interior do Pará com destino a Confresa no dia 9 de abril. Lá os criminosos atacaram atearam fogo em um carro na frente do quartel da PM para atrasar a atuação dos policiais.
O bando também atingiu transformadores para dificultar a comunicação enquanto outro grupo tentava explodir a porta do cofre de uma transportadora de valores. Foram duas explosões que chegaram a destruir uma casa nas proximidades da empresa, mas que não surtiram efeito contra a porta do cofre.
Na sequência os criminosos fugiram deixando um rastro de terror.
A FUGA
A reportagem do Fantástico também relembrou que o primeiro destino dos bandidos após a o assalto frustrado em Confresa foi o município da divisa entre Mato Grosso e Tocantins, Santa Terezinha. Na cidade o grupo já tinha barcos esperando eles para dar continuidade à fuga.
No caminho os criminosos aterrorizaram aldeias indígenas, fizeram pessoas de refém e entraram no primeiro confronto com a polícia.
Parte do grupo continua escondido na região da Ilha do Bananal, no Tocantins. O cerco das forças de segurança, segundo o comandante do Bope de Mato Grosso, Frederico Correia Lima Lopes, tem pressionado os bandidos que se veem sem alternativas para fugir do local. As tentativas, porém, são muitas. Inclusive por meio de pedidos de carona na estrada.
Durante toda a ação policial, várias armas pesadas foram apreendidas, inclusive dois fúseis que pertenciam à Polícia Militar de São Paulo. O bando, segundo as forças de segurança, possui integrantes de São Paulo, Maranhão, Pernambuco, Goiás e Pará.
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