Enquanto isso, o Hamas relatou "sinais positivos" nas conversas com mediadores egípcios e catarianos para as negociações da segunda fase do acordo de cessar-fogo com Israel.
Os ministros se reuniram na Arábia Saudita para uma sessão especial da Organização de Cooperação Islâmica (OCI) para tratar da situação em Gaza, ao mesmo tempo em que o cessar-fogo de sete semanas gera dúvidas.
A segunda fase deve resultar na liberação dos reféns restantes, uma trégua duradoura e a retirada completa de Israel da Faixa de Gaza.
Os presentes ao encontro apoiaram um plano para reconstruir Gaza apresentado pelo Egito e que tem o aval de países árabes, entre eles Arábia Saudita e Jordânia. A OCI conta com 57 países de maioria muçulmana.
Sem mencionar Trump, o comunicado dos ministros disse que eles rejeitaram "planos destinados a deslocar o povo palestino individual ou coletivamente... como uma limpeza étnica, uma grave violação do direito internacional e um crime contra a humanidade".
Eles também condenaram a ação de Israel que, na semana passada cortou os suprimentos para Gaza com objetivo de pressionar o Hamas a estender o cessar-fogo e chamaram a medida de "políticas de fome".
Os ministros presentes na reunião apoiaram uma proposta para um comitê administrativo substituir o Hamas no governo de Gaza.
O comitê trabalharia "sob a proteção" da Autoridade Palestina, com sede na Cisjordânia ocupada. Israel rejeitou a ideia de a Autoridade Palestina ter qualquer papel em Gaza, mas não apresentou uma alternativa para o governo pós-guerra.
Em comunicado conjunto, os ministros das Relações Exteriores da França, Alemanha, Itália e Reino Unido disseram que apoiam a iniciativa árabe para um plano de reconstrução de Gaza, considerando-o "um caminho realista".
Eles acrescentaram que "o Hamas não deve mais governar Gaza nem ser uma ameaça para Israel" e que apoiam o papel central da Autoridade Palestina. /Associated Press
(Com Agência Estado)
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