"A assinatura do tratado representa um reconhecimento da qualidade da nossa produção agropecuária. Cotas importantes foram negociadas para diversos produtos, especialmente a carne, que terá uma entrada significativa no mercado europeu", afirmou Lupion, em vídeo.
Um dos pontos mais relevantes, segundo ele, é a desoneração de tarifas para mais de 90% dos produtos negociados. "Vamos isentar tarifas entre a União Europeia e o Mercosul em muitos produtos, incluindo frutas, por exemplo, que são uma referência para o Brasil", destacou.
No entanto, Lupion alertou que o protecionismo europeu pode prejudicar a implementação do acordo. "Nós conseguimos incluir um mecanismo de reequilíbrio de concessões para evitar que medidas unilaterais do protecionismo europeu possam impedir o avanço do tratado. Esse é um ponto superimportante", enfatizou.
A ratificação do tratado pelos parlamentos dos países envolvidos é outro desafio citado pelo presidente da FPA. "Já tivemos manifestações contrárias da França, Polônia e Itália, o que nos surpreendeu. Esses países enfrentam protestos de produtores rurais que temem a competitividade dos produtos brasileiros, que chegam mais baratos ao mercado europeu", disse Lupion.
O presidente da FPA também reforçou a importância de garantir a aprovação do tratado pelos parlamentos. "Este é um bloco comercial de grande relevância, e o tratado abriria uma oportunidade extremamente positiva para o Brasil. Espero que isso dê certo em prol da nossa agropecuária", concluiu Lupion.
(Com Agência Estado)
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