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Justiça Sexta-feira, 20 de Setembro de 2024, 17:06 - A | A

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Sexta-feira, 20 de Setembro de 2024, 17h:06 - A | A

FISCALIZAÇÃO FLEXÍVEL

Vereador liderava esquema de corrupção e lavagem de dinheiro ligado ao CV, aponta decisão

De acordo com as investigações, Paulo Henrique exercia influência sobre secretário e servidores municipais

ANDRÉ ALVES
Redação

O vereador por Cuiabá, Paulo Henrique (MDB), preso nesta sexta-feira (20), foi apontado pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO) como o líder do esquema de lavagem de dinheiro do Comando Vermelho (CV) por meio de shows em casas noturnas de Cuiabá. As informações constam no mandado de sua prisão. A operação também contava com o apoio de promotores de eventos do grupo G12, que colaboravam na divisão de lucros, ocultando transações por meio de empresas de fachada e depósitos fracionados.

“Foi identificada a colaboração do vereador Paulo Henrique de Figueiredo, do Secretário Adjunto da Secretaria Municipal de Ordem Pública e Defesa Civil de Cuiabá (SORP) e agentes de fiscalização, que facilitaram a obtenção de licenças e alvarás em troca de benefícios financeiros do grupo”, diz trecho do mandado.

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De acordo com a FICCO, Paulo Henrique, que exercia grande influência na Secretaria Municipal de Ordem Pública e Defesa Civil (SORP) de Cuiabá, facilitava a obtenção de licenças e alvarás para eventos, muitas vezes sem a documentação necessária. Essa flexibilização era fruto de acordos com agentes de fiscalização e outros servidores públicos, que também participavam do esquema em troca de vantagens financeiras. A atuação irregular permitiu que diversos eventos ocorressem sob a proteção do vereador, que se beneficiava financeiramente por meio de seu "testa de ferro" e motorista, José Márcio Ambrósio Vieira.

“A atuação dos servidores públicos municipais consistiu na flexibilização das fiscalizações relativas à concessão de licenças e alvarás necessários para a realização de shows. Essa conduta foi observada entre os fiscais da Secretaria Municipal de Ordem Pública e Defesa Civil durante eventos que não possuíam a documentação exigida.”

As investigações apontam que Paulo Henrique era uma figura central no esquema, atuando diretamente com Joadir Alves Gonçalves, conhecido como "Jogador", uma das principais lideranças do Comando Vermelho em Mato Grosso. Em encontros presenciais e chamadas telefônicas, o vereador buscava formas de aliviar punições contra seu assessor, Rodrigo de Souza Leal, envolvido nas atividades ilícitas.

Além disso, foram identificadas movimentações financeiras suspeitas, como transferências mensais realizadas pelo Dallas Bar, uma das casas noturnas usadas para lavar dinheiro, em benefício de Polyana Alejandra Villalva, ex-mulher do sobrinho de Paulo Henrique. As transações incluíam depósitos entre as contas de Paulo Henrique e empresas ligadas a Willian Gordão, dono do Dallas Bar e membro do CV.

Os investigadores também descobriram que Paulo Henrique usava veículos e bens registrados em nome de terceiros, como o Jeep Compass em nome de Maria Edinalva Ambrósio Vieira, irmã de José Márcio, para ocultar patrimônio e dificultar o rastreamento das operações financeiras. O esquema também incluía a contratação de "funcionários fantasmas", estratégia que foi reforçada por evidências encontradas no celular do vereador, onde foram localizadas imagens de cartões de crédito e débito.

A liderança de Paulo Henrique no esquema se estendia a outros integrantes da organização, como Benedito Alfredo Granja Fontes, que, sob a orientação do vereador, atuava diretamente nos eventos organizados pelo grupo e recebia vantagens financeiras por isso.

Com a denúncia de corrupção e lavagem de dinheiro, Paulo Henrique enfrenta acusações graves, sendo apontado como o elo central entre o Comando Vermelho e a máquina pública de Cuiabá. A influência política e a posição privilegiada no cenário municipal foram determinantes para o sucesso das atividades criminosas do grupo.

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