Arilson de Barros Ferreira da Silva e Silvana Ferreira da Silva vão a Júri Popular no próximo dia 29 de abril. O casal é acusado de assassinar com extrema violência Crizuandhel Fialho Egueis Arruda, que se relacionava com Silvana, na madrugada de 21 de fevereiro de 2024. A decisão reconhece a existência de indícios suficientes de autoria e materialidade, além das qualificadoras de meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima.
De acordo com a denúncia do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), o crime ocorreu por volta das 3h, na Avenida República do Líbano, em Cuiabá. A vítima foi atingida inicialmente com sete facadas em frente a uma distribuidora de bebidas, tentou fugir e buscar abrigo em um condomínio próximo, mas acabou sendo encurralada e agredida até a morte.
Já debilitado, Crizuandhel foi novamente atacado com golpes de capacete, chutes, pedradas e mais facadas. Câmeras de segurança do local registraram toda a ação. Segundo a investigação, Arilson teria desferido os golpes de faca, enquanto Silvana o agrediu com capacete e pedradas, além de dar suporte à ação criminosa.
Após a execução, o casal ainda furtou a motocicleta da vítima. As imagens mostram o momento em que Silvana calça os chinelos entregues por Arilson, sobe na moto da vítima e deixa o local acompanhada do parceiro.
Durante o inquérito, o irmão da vítima, Huederjean Fialho Egueis, relatou que o relacionamento entre Crizuandhel e Silvana era conturbado, com brigas frequentes e ameaças de morte. Segundo ele, a vítima tinha medo de Silvana e chegou a tentar denunciá-la, mas desistiu por conta da burocracia. Ele também afirmou que, na madrugada do crime, ouviu uma conversa telefônica em que Silvana ameaçava o irmão, exigindo que ele fosse ao seu encontro.
Ainda conforme o depoimento de Huederjean, Crizuandhel já havia sido alvo de violência anterior, inclusive chegou a ser punido por um “salve” por conta do envolvimento de Silvana em outro homicídio. A jovem teria também envolvido Crizuandhel em um episódio de tráfico, pedindo que ele levasse um rolo de barbante recheado com drogas a um presídio, sem que ele soubesse do conteúdo ilícito.
A Justiça reconheceu a crueldade do crime, destacando que a vítima foi atacada mesmo após estar gravemente ferida e sem condições de defesa. “A sanha assassina dos denunciados revela total desprezo pela vida humana, impondo à vítima uma morte lenta, dolorosa e covarde”, aponta a decisão da juíza Anna Paula Gomes de Freitas, que aceitou a denúncia em novembro de 2024.
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