Uma das localidades mais afetadas foi o bairro Torre, na zona oeste do município, em que muitas pessoas ficaram presas dentro de estabelecimentos para se proteger das brigas do lado de fora. Os bairros Madalena e Iputinga também foram focos de brigas e tiveram atenção especial das autoridades de segurança do estado.
AUTORIDADES DE SEGURANÇA JÁ ATUAM E INVESTIGAM CONFRONTOS
Em nota oficial à imprensa, a Polícia Militar de Pernambuco informou que 12 pessoas foram encaminhadas ao Hospital da Restauração de Recife, nove delas tendo sido liberadas e três ainda internadas até o final do dia. Não houve mortes, de acordo com a corporação.
Antes do jogo, cerca de 650 pessoas foram conduzidas ao Batalhão de Polícia de Choque e passaram por revista, enquanto 14 foram detidas por violência entre torcedores após incidentes nos citados bairros de Torre, Madalena e Iputinga. Mais confusões, no entanto, também foram registradas em locais da Região Metropolitana de Recife (RMR), segundo a PM.
A Polícia Civil autou três pessoas na Grande Recife por tentarem invadir o Terminal Integrado Pelópidas Silveira, no município de Paulista. Também foram realizadas três prisões em flagrante na cidade de Cabo de Santo Agostinho após um confronto com o uso de explosivos. Esses casos serão investigados pela Delegacia de Polícia de Repressão à Intolerância Esportiva.
MANIFESTAÇÕES E FLAGRAS NAS MÍDIAS SOCIAIS
Nas redes sociais, a governadora do estado, Raquel Lyra (PSDB), afirmou que a equipe do governo está trabalhando "desde o primeiro momento e tomando as devidas providências para punir os vândalos responsáveis", como escrito por ela mesma no X (antigo Twitter). Cerca de 700 policiais foram destinados para a missão de contenção dos confrontos.
O prefeito de Recife, João Campos (PSB), também se manifestou via X, reforçando a importância de identificar os envolvidos nas brigas. "O que vimos hoje foram cenas criminosas no confronto entre vândalos que usam o futebol para praticar violência. É urgente a identificação e uma punição severa para esses delinquentes! Futebol não é isso", escreveu o político.
Os vídeos que circulam na internet são de extrema barbaridade, expondo pancadarias generalizadas e habitantes apavorados. Um dos registros mostra um homem sendo violentado com uma barra depois de ter sido espancado. Este caso está sendo investigado pela Polícia Civil.
O Sport se manifestou oficialmente sobre os ocorridos. Em nota, a instituição lamentou e repudiou "veementemente os episódios de violência no Recife" e reforçou que não compactua com as cenas de barbárie. "O clube trabalha incansavelmente para combater qualquer tipo de ato de violência que use o futebol como plano de fundo".
Ainda, o rubro-negro afirmou que espera uma atitude "enérgica e imediata" das autoridades para responsabilizar os envolvidos, independentemente de qual torcida façam parte. Junto a isso, colocou-se à disposição das forças de segurança para auxiliar tanto na busca quanto autuar os indivíduos que fizeram parte dos episódios deste sábado. "Para construir um plano de segurança efetivo para por fim à essa chaga que assola o futebol não só pernambucano, mas brasileiro também", completou.
o Santa Cruz também lamentou e condenou a violência antes do clássico. "O Santa Cruz vem a público condenar todos os atos violentos envolvendo torcedores nas ruas do Recife, neste sábado (1/2) e se coloca à disposição das autoridades e demais clubes para encontrar soluções e banir de vez à violência do futebol em Pernambuco", diz a nota.
O Ministério do Esporte também lamentou os episódios em comunicado e repudiou os atos de violência registrados na capital do Estado. Segundo a nota, as cenas lamentáveis não condizem com os valores que o esporte deve promover.
No clássico, disputado no Arruda, o Santa Cruz venceu o Sport por 1 a 0. O gol da vitória foi marcado por Douglas Skillo no segundo tempo. Com o resultado, o time tricolor soma 13 pontos e lidera o torneio. O Sport segue com nove pontos e ocupa o quarto lugar.
(Com Agência Estado)
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