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Esportes Quarta-feira, 05 de Março de 2025, 16:45 - A | A

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Quarta-feira, 05 de Março de 2025, 16h:45 - A | A

Dana White e WWE fazem parceria com Arábia Saudita para criação de nova liga de boxe mundial

CONTEÚDO ESTADÃO
da Redação

Não é de hoje que boxe se mantém na condição do esporte de combate de maior audiência, credibilidade e movimentação financeira. Com isso, investidores, empresários e celebridades não param de apostar muito dinheiro na "nobre arte". Nesta quarta-feira, Turki AbdulMuhsen Al-AlShikh, o home forte do esporte na Arábia Saudita, e a empresa TKO assinaram uma parceria de vários anos para estabelecer uma nova promoção de boxe com liderança executiva ancorada pelo presidente do UFC, Dana White, e pelo presidente da WWE, Nick Khan.

A parceria não pretende concorrer, por enquanto, com os 'donos do boxe' mundial, que detém os contratos com os maiores boxeadores da atualidade. O plano é criar uma liga que vai promover e incentivar novos talentos para em um futuro próximo dominar os grandes eventos pelo mundo.

"BOOM! Boxe, aqui vamos nós! Acabamos de fechar um acordo para iniciar uma nova liga de boxe com o Turki, que ama demais o esporte do boxe. O modelo comprovado é entregar lutas que os fãs querem ver. Os melhores irão enfrentar os melhores e os lutadores continuarão subindo nos rankings até se tornarem campeões mundiais. Continuaremos fazendo anúncios de onde vocês podem assistir (à nova liga) e todos os demais detalhes do negócio assim que nos aproximarmos do lançamento", disse Dana, em suas redes sociais.

Dana White, há três décadas, trabalhou na empresa Top Rank, de Bob Arum, uma das ais respeitadas no mundo do pugilismo. Dana e Arum nunca se deram bem, mas o dinheiro árabe pode fazer com que desavenças sejam esquecidas rapodamente.

Os eventos serão espalhados pelo mundo, fugindo da concorrência dos Estados Unidos e da Inglaterra, onde estão concentradas as grande programações.

"Será um sistema altamente estruturado para desenvolver novos talentos de todo o mundo, incluindo grupos de atletas e academias. Acesso para todos os boxeadores ao UFC Performance Institute, o principal centro mundial de treinamento de desempenho em esportes de combate, pesquisa, reabilitação e nutrição", disse o comunicado.

"A experiência em produção, mídia e promoção da TKO, para oferecer experiências na arena e transmissões de ponta e de última geração para fãs ao redor do mundo", concluiu o texto, informando que "mais detalhes sobre a nova promoção de boxe, incluindo contratações de lutadores, cronogramas de lutas, locais e sedes, serão revelados nos próximos meses".

Um carro-chefe para fomentar o interesse do público está sendo estudado. Seria um evento de pesos pesados, com destaque para UA luta entre Oleksandr Usyk, ucraniano campeão dos pesos pesados do boxe, diante do brasileiro Alex Poatan Pereira, campeão dos meio-pesados do UFC. Na mesma noite, Francis Ngannou, astro do MMA, teria pela frente Deontay Wilder, ex-campeão dos pesados do boxe.

O NOVO DON KING
Ele é jovem e cheio de ambição. Aos 42 anos, Turki AbdulMuhsen Al-AlShikh é o homem do esporte na Arábia Saudita. Bacharel em Estudos de Segurança pela King Fahd Security College e atual Presidente da Autoridade Geral de Entretenimento, Sua Excelência, como é chamado, é o responsável por levar a Fórmula 1, o melhor do tênis e Cristiano Ronaldo para Riad. Fã de boxe, Turki resolveu que vai realizar os combates mais esperados da atualidade na nobre arte e agitar o mundo dos ringues.

Com eventos de US$ 1 bilhão, ele já realizou o Day of Reckoning (Dia do Ajuste de Contas) com sete lutas entre pesos pesados tem programado para 17 de fevereiro do ano passado o duelo que valeu a unificação dos cinturões dos pesos pesados entre o britânico Tyson Fury e o ucraniano Oleksandr Usyk. Em 8 de março, menos de um mês depois, foi a vez de o britânico ex-campeão mundial Anthony Joshua encarar o nigeriano Francis Ngannou, astro do MMA. São lutas que os amantes do boxe querem ver. Sua Excelência quer fazer com que a modalidade volte aos bons tempos do passado.

"Não vamos parar de realizar grandes eventos. Nossa intenção é fazer as lutas que o público do boxe quer e com um preço bom para a venda de ingresso", disse Turki Al-Sheikh, que coloca o valor mínimo das entradas para US$ 16 (cerca de 70 reais), bem mais acessível do que os costumeiros US$ 200 a US$ 2 mil de Las Vegas ou Nova York. As cidades americanas perdem terreno para Riad, na Arábia Saudita.

Com um dinheiro interminável, o empresário saudita conseguiu até que inimigos declarados como os promotores Eddie Hearn e Fran Warren se unissem a ponto de realizarem um evento com cinco lutadores de cada um. Um pedido especial feito publicamente por Turki.

Além de dominar e influenciar financeiramente os empresários, Turki também está disposto a encarar e controlar a eterna briga entre as quatro organizações (Conselho Mundial de Boxe, Associação Mundial de Boxe, Federação Internacional de Boxe e Organização Mundial de Boxe) que exercem grande pressão para a realização das lutas. Ainda não está claro de que forma ele fará isso, mas está nos seus planos.

"O mapa do boxe está mudando. Viemos para ficar e não vamos parar. O boxe foi o principal esporte no mundo nos anos 1970, com grandes nomes, repletos de carisma e lutadores que todos queriam ver. Hoje é apenas o 14º em interesse. Queremos lutadores de verdade para realizarmos eventos e fazer o público conhecer os principais lutadores", disse Turki, que colocou frente a frente os russos Artur Beterbiev e Dmitry Bivol pela unificação dos cinturões dos meio-pesados por duas vezes seguidas e promete o terceiro duelo para ainda este ano.

Sua intenção é olhar com mais carinho para os pesos pesados. "Temos poucos eventos e muitos não são do gosto dos fãs. Temos de mudar isso. Muitos atletas já estão com mais de 30 anos e têm pouco tempo de carreira pela frente. Não se pode deixar de realizar os melhores eventos", disse Turki, fã dos lendários Larry Holmes (campeão dos pesos pesados de 1978 a 1985) e Roberto Durán (ex-campeão dos leves, meio-médios, médios-ligeiros e médios).

Com o atrativo dinheiro saudita, capaz de proporcionar facilmente bolsas de US$ 50 milhões, como a oferecida a Joshua na luta sem ser por título mundial frente a Ngannou (que recebeu US$ 20 milhões), parece que os fãs de boxe vão poder ver todas as lutas que quiserem nos próximos anos. O mexicano Saul Canelo Alvarez, um das 'caras do boxe' atual, acabou se assinar contrato de quatro lutas com Turki para receber IS$ 600 milhões. Os caminhos estão definidos: pela TV, streaming ou e uma viagem para Riad.

(Com Agência Estado)

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