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Economia Segunda-feira, 18 de Novembro de 2024, 13:00 - A | A

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Segunda-feira, 18 de Novembro de 2024, 13h:00 - A | A

Previsão de 3,3% para alta do PIB em 2024 tem claro viés de alta, diz subsecretária da Fazenda

CONTEÚDO ESTADÃO
da Redação

A subsecretária de Política Macroeconômica do Ministério da Fazenda, Raquel Nadal, disse nesta segunda-feira, 18, que a projeção de crescimento da pasta para 2024, em 3,3%, tem "claro viés de alta", considerando informações que ficaram disponíveis apenas após o órgão fechar a nova grade de parâmetros divulgada nesta segunda-feira, 18. "O vigor da absorção doméstica segue surpreendendo positivamente no segundo semestre, mesmo com menores estímulos fiscais e monetários", afirmou.

A nova previsão também embute uma expectativa de crescimento da atividade ainda no quarto trimestre, embora com desaceleração na margem, observou Nadal, destacando também que a projeção considera um recuo menos intenso do segmento agropecuário em 2024.

Para os próximos anos, Nadal afirmou ainda que as atividades mais cíclicas deverão ser impactadas pela política monetária mais contracionista, cenário acompanhado ainda de menores estímulos fiscais.

A Fazenda estima uma alta de PIB próximo dos 2,5% até 2028, crescimento que pode ser impactado positivamente pela reforma tributária e pelo plano de transformação ecológica do governo.

Inflação

A subsecretária de Política Macroeconômica do Ministério da Fazenda disse ainda que a diferença das projeções do mercado e da Fazenda para o IPCA de 2024 reflete o impacto da bandeira verde que é esperada para o final do ano e que tende a contribuir com 0,17 ponto porcentual. "Essa bandeira contribui dessa forma se concretizar a verde. É provável que a inflação do mercado caia um pouco se incorporar a bandeira. De resto, estamos bem alinhados com o mercado", afirmou.

A nova projeção da Fazenda prevê o IPCA fechando em 4,40% neste ano, enquanto que o último relatório Focus aponta para uma mediana de 4,64%, acima do teto da meta de inflação.

"O Focus não consegue capturar qual a expectativa dos agentes para a bandeira tarifária do final do ano. Antes estávamos esperando a bandeira amarela e agora verde para o final do ano", disse Nadal.

O secretário de Política Econômica, Guilherme Mello, reforçou a avaliação, lembrando também que "obviamente" o cenário da Fazenda apresenta diferenças com relação ao do mercado. "Mas tirando esse fator da bandeira, estamos com distância muito próxima da segunda casa decimal da mediana do mercado. Lembrando que a distância é bastante pequena, estamos falando de 0,2 pp", disse.

Ele apontou ainda que a nova grade de parâmetros foi fechada na última segunda-feira, 11, data anterior à divulgação de alguns indicadores de atividade que imprimem um viés positivo para a projeção do PIB.

(Com Agência Estado)

 

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