Essa métrica traduz o que está disponível para que o BC faça frente a alguma necessidade de moeda estrangeira - como fornecer liquidez ao mercado em momentos de crise, por exemplo. É considerado pelo órgão o indicador correto para medir a resistência do País a choques externos.
A posição leva em conta as reservas internacionais, o estoque de operações de linha do BC (venda de dólares com compromisso de recompra), a posição da instituição em swap cambial e os Direitos Especiais de Saque (DES) do Brasil no Fundo Monetário Internacional (FMI).
As reservas internacionais encerraram a semana passada em US$ 369,769 bilhões, contra US$ 369,214 bilhões no fim de agosto e US$ 355,034 bilhões no fechamento do ano passado.
Lucro com swap cambial
O Banco Central lucrou R$ 4,195 bilhões com a sua posição em swap cambial em setembro, até o dia 6, pelo critério caixa. Em agosto, esse resultado foi positivo em R$ 1,665 bilhão.
Pelo conceito de competência, o BC ganhou R$ 5,459 bilhões este mês. O resultado pelo critério de competência inclui ganhos e perdas ocorridos no mês, independentemente da data de liquidação financeira. A liquidação financeira desse resultado (caixa) ocorre no dia seguinte, em D+1.
O BC perdeu R$ 18,966 bilhões com a rentabilidade na administração das reservas internacionais. Esse resultado considera ganhos e prejuízos com correção cambial, marcação a mercado e juros.
O resultado líquido das reservas - rentabilidade menos custo de captação - foi negativo em R$ 20,364 bilhões. O resultado das operações cambiais foi negativo em R$ 14,905 bilhões.
O BC sempre destaca que não visa lucro nas operações de swap cambial ou na administração das reservas internacionais. Segundo a autoridade monetária, o objetivo é fornecer hedge ao mercado em tempos de volatilidade e manter um colchão de liquidez para momentos de crise.
2024
No ano, até 6 de setembro, o BC acumula prejuízo de R$ 61,157 bilhões com a sua posição de swaps cambiais no critério caixa. No critério competência, o resultado é negativo em R$ 60,155 bilhões.
A autoridade monetária ganha R$ 346,660 bilhões com a rentabilidade na administração das reservas internacionais. O resultado líquido das reservas é positivo em R$ 223,106 bilhões e o resultado das operações cambiais, em R$ 162,952 bilhões.
(Com Agência Estado)
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