No fechamento desta sexta-feira, mostrava alta de 2,70%, aos 128.218,59 pontos, com grande impulso proporcionado por Petrobras (ON +3,60%, PN +3,08%), mesmo na contramão do petróleo na sessão, e pelas ações de grandes bancos, tendo BB ON (+4,74%) à frente nesta sexta-feira. Vale ON subiu 1,48%. Na ponta ganhadora do índice, Vamos (+9,17%), Hapvida (+8,19%) e CVC (+7,03%). No lado oposto, Petz (-1,79%), Suzano (-0,64%) e Porto Seguro (-0,51%). Apenas seis das 87 ações da carteira Ibovespa fecharam o dia no negativo. O ganho do índice na sessão foi o mais forte desde 30 de janeiro, quando subiu 2,82%.
O apetite por ações na B3 foi reforçado por nova pesquisa Datafolha, que trouxe queda na popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no menor nível de seus três mandatos - restrita a 24% de aprovação, no último levantamento. Assim, o dólar à vista foi negociado abaixo de R$ 5,70 na mínima do dia, a R$ 5,6947, e no fechamento ainda mostrava perda de 1,26% na sessão, a R$ 5,6962. A curva de juros doméstica também refluiu com consistência após o levantamento do Datafolha.
"A aprovação do Lula caiu bastante, de 35% para 24%. Chama muito a atenção porque ele nunca teve uma avaliação tão ruim. A reprovação do governo foi recorde. E isso trouxe um otimismo maior. A bolsa, que estava subindo em torno de 1,80%, disparou para uma alta de mais de 2,70%", observa Marcelo Bolzan, sócio da The Hill Capital, que menciona também fatores externos na configuração do recente ajuste de preços dos ativos.
"O dólar nesse patamar atual é uma surpresa bem grande, e a queda está muito mais relacionada ao cenário externo, ainda. Existia uma preocupação muito grande em relação às tarifas Trump, e o que vimos até o momento é que não aconteceu", acrescenta Bolzan. Assim, segundo ele, a semana que havia começado de uma forma "muito mais preocupada" termina, agora, em registro positivo.
Ainda assim, o quadro das expectativas para o desempenho das ações no curtíssimo prazo está rigorosamente equilibrado no Termômetro Broadcast Bolsa desta sexta-feira. As expectativas de alta, estabilidade e queda para o Ibovespa têm fatia de 33,33% cada, entre os participantes. Na edição anterior, 37,50% esperavam baixa para o índice e outros 37,50%, estabilidade, enquanto 25% previam ganho.
"O dia foi bom e os preços na Bolsa estavam muito comprimidos. O mercado continua a corrigir a distorção exagerada que foi o final do ano passado, com juros e dólar então muito para cima. Situação era bem menos desastrosa do que se precificava, o que aparece também na atual temporada de resultados trimestrais resilientes", diz Felipe Moura, sócio e analista da Finacap.
Camilo Cavalcanti, gestor de portfólios na Oby Capital, destaca o fechamento observado na curva de juros na semana - expressivo hoje em especial nos trechos médios e longos -, o que contribui para desempenho positivo dos índices de crédito privado, com fechamento nos spreads dos títulos monitorados pelo Idex-CDI.
"Descompressão ocorre por vários motivos, a começar pelo ambiente internacional - em especial pela menor intransigência que tem sido mostrada, recentemente, pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump com relação a tarifas de comércio exterior." Dessa forma, acrescenta o gestor, o dólar perdeu força ante referências internacionais, e o real segue como melhor moeda do ano, o que o recoloca a níveis de fim de outubro, começo de novembro passado.
Além disso, "as primeiras falas públicas do presidente do BC, Gabriel Galípolo, após o último Copom, no fim de janeiro, também merecem atenção. Ele mantém o tom com relação às expectativas de inflação, com preservação do sinal de que a Selic voltará a subir na próxima reunião", aponta Cavalcanti.
(Com Agência Estado)
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