"O Galípolo é uma pessoa muito séria. Na minha opinião, é uma pessoa não só tecnicamente preparada, mas eu acredito que ele é uma pessoa psicologicamente preparada para o cargo, porque não é um cargo simples. É um cargo que recebe muita pressão de todas as forças sociais do País", disse o ministro da Fazenda.
Haddad afirmou que, com base em entrevistas e declarações anteriores de Galípolo, era sabido que ele cumpre as guidances e que o BC havia contratado, ainda em 2024, três altas da Selic, encerrando este ciclo na reunião de março, o que foi cumprido pela nova diretoria.
"Galípolo tem um compromisso com a coerência das medidas do BC para cumprir o seu mandato, qual seja, trazer a inflação para a meta. Esse é um compromisso do Galípolo, com inteligência. Há várias formas de fazer isso, e tem a forma mais inteligente de fazer isso, porque, se fosse uma coisa que fosse resolvida por um algoritmo, não precisava nem de diretor. Você rodava o algoritmo e aplicava a fórmula na reunião, não precisava de diretor", declarou o ministro.
Haddad disse que confia que o Banco Central olhará para os dados e conduzirá a inflação para a meta com inteligência. "O BC tem que olhar para a expectativa, sim, o modelo do BC considera as expectativas para a tomada de decisão. Mas ele tem que olhar também para os fundamentos da economia, é uma combinação. Por isso que tem uma arte no Banco Central, não é uma ciência exata. O que eu confio que vai acontecer é que o Banco Central vai olhar para todas essas variáveis, sabe que tem um mandato a cumprir, sabe que tem que trazer a inflação para a meta e vai fazer isso da maneira mais inteligente possível", comentou.
O ministro criticou algumas projeções de economistas, como quando estimaram que o dólar ultrapassaria a barreira dos R$ 7 após o estresse no câmbio no final de 2024. "É curioso, e a vida é assim: ninguém cobra esses economistas sobre a barbeiragem da previsão. Mas se o governo tivesse dito uma coisa dessa, para o lado contrário, ele ia estar sendo cobrado aqui", disse.
Durante a entrevista, ele voltou a repetir sobre como a transição de 2022 foi traumática, e também ponderou sobre o desafio de o governo conviver por dois anos com um presidente de Banco Central indicado em governo anterior.
(Com Agência Estado)
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