"Eu entendo, já estive do outro lado do balcão, já fui consultor econômico, mas você tem que olhar para as medidas que estão sendo tomadas. Então eu não concordo com a avaliação que está sendo feita das medidas que nós anunciamos", disse Haddad, frisando que o mercado tem toda legitimidade para criticar, mas que o filme é melhor do que a fotografia.
E destacou: "Entre mandar o que estava maduro e não mandar nada, esperando mais consenso, qual é o sentido disso? Mandamos o que está, na minha opinião, digerido pelo próprio governo e muito bem compreendido pelas lideranças com as quais eu conversei. Tem até um apetite por mais controle de gasto, de maneira que eu estou confiante de que o Congresso, até para fechar o orçamento, vai conseguir apreciar essas matérias nessas três semanas."
Comentário sobre dados melhores de miséria e fome no País
Haddad salientou também no mesmo evento que um País sem miséria e fome é a primeira providência que um governo deveria adotar para sua população. Ele citou dados divulgados mais cedo pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre a diminuição da miséria no País, que mostram que pela primeira vez essa população está abaixo dos 5%. "Fazer isso em menos de dois anos é muito importante", disse. "O Brasil pode almejar a erradicação da miséria pelo potencial que tem. Mas o problema é que esse potencial ele nem sempre realiza, nem sempre concretiza", afirmou.
Segundo o ministro, sua aspiração na política é combater o comportamento oportunista contra o País de grupos que se organizam para pressionar em esferas como o Legislativo e Judiciário. "É difícil que interesses particulares não atravessem o samba de mudanças constitucionais que País precisa", refletiu, pontuando que faz muita diferença o País ser capturado ou não pela classe dominante, quando o mais eficaz é ser gerido por dirigentes.
Para ele, falta obsessão para buscar mais o interesse geral no Brasil.
Sobre o cenário, o ministro ainda avaliou que há desafios geopolíticos e climáticos que favorecem o País no momento e que é preciso combater privilégios.
(Com Agência Estado)
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