No acumulado de nove meses, as exportações crescem 0,8%, com vendas de US$ 255,5 bilhões, enquanto as importações avançam 8%, também muito puxadas pelo volume, que cresce 16,1%. No ano, as compras já somam US$ 196,3 bilhões.
Isso resulta num saldo de US$ 59,1 bilhões, que, embora 17,4% menor que o do ano passado, é o segundo maior da série histórica. "A economia dá sinais de fortalecimento e isso demanda importações", observou Brandão sobre os números de 2024, ressaltando que a categoria que mais cresce em importações no ano é a de bens de consumo.
A alta é de 27,6%, puxada somente pelo volume, com 21,5% a mais vendido neste ano, na comparação com os nove primeiros meses de 2023. A alta nas compras de bens de capital também é significativa, de 20%. Essa categoria teve forte desempenho em setembro, disse o técnico do MDIC, quando cresceu 36%, com avanço de 38,1% em volume.
Já no caso das exportações, a única categoria que registra queda no ano é a agropecuária, com recuo de 8,4%, puxado por uma redução de 13,7% nos preços, contrastando com uma alta de 5,5% no volume. No ano, a indústria extrativa cresce em vendas 10,6%. Em relação aos destinos, Brandão destacou o aumento de 10,3% da exportação para os Estados Unidos, atingindo valor total de US$ 29,440 bilhões, o maior valor da série histórica. Para China, Hong Kong e Macau, as vendas caem 0,9% no acumulado do ano.
Sobre a revisão na projeção para o saldo de 2024, que partiu de US$ 79,2 bilhões para US$ 70,4 bilhões, o diretor de Planejamento e Inteligência Comercial do MDIC explicou que a redução foi motivada pela redução nos preços de exportação observada ao longo do ano, assim como a queda na demanda mundial verificada recentemente. Embora o saldo esperado seja menor em relação a última projeção feita em julho, se confirmado, será o segundo maior da série histórica, atrás dos US$ 98,9 bilhões alcançados em 2023.
"É uma tarefa difícil fazer previsão econômica com cenário externo muito volátil, à medida que tem guerra no Oriente Médio, e outros choques que impactam a projeção. Numa política internacional mais conturbada, qualquer choque no câmbio, petróleo, vai impactar o resultado da balança", ponderou Brandão.
(Com Agência Estado)
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