Em evento organizado pela Yahoo! Finance, Kashkari acrescentou que o mercado de trabalho não está mais tão aquecido quanto há dois anos, mas permanece "surpreendentemente resiliente". No entendimento dele, as expectativas de inflação de longo prazo estão "bem ancoradas".
O dirigente ressaltou ainda que continua confiante de que a inflação voltará à meta de 2% e que a tendência dos preços atualmente é "encorajadora". Segundo ele, os dados econômicos determinarão a trajetória dos juros.
Questionado sobre o impacto do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, na economia, Kaskhari disse que ainda é cedo para mensurar o efeito e que o Fed aguarda para ver quais políticas, de fato, serão implementadas. Ele também reiterou que a autoridade monetária não será guiada por questões políticas. "Estamos comprometidos a cumprir as metas a que o Congresso nos responsabilizou", pontuou.
Juros
Kashkari,reconheceu que, se inflação surpreender para cima, a autoridade monetária pode ter que reconsiderar a expectativa por corte de juros na reunião de dezembro.
O dirigente, no entanto, ressaltou que apenas surpresa significativa nos dados macroeconômicos seria suficiente para alterar o cenário esperado pelo Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC).
Kashkari destacou que os juros agora estão "modestamente restritivos". Segundo ele, a inflação de bens está de volta aos níveis observados antes da pandemia de covid-19. O principal desafio é a inflação de habitações, de acordo com ele, que acredita que esse segmento também se normalizará.
(Com Agência Estado)
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