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Economia Sexta-feira, 14 de Março de 2025, 12:30 - A | A

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Sexta-feira, 14 de Março de 2025, 12h:30 - A | A

Economia alemã deve estagnar em 2025, com alta de 1,1% apenas em 2026, diz DIW Berlin

CONTEÚDO ESTADÃO
da Redação

A economia alemã deve permanecer em estagnação pelo terceiro ano consecutivo em 2025, com crescimento de 0,0%, o que marca uma revisão para baixo em relação à previsão anterior de 0,2%, de acordo com o Instituto Alemão de Pesquisa Econômica (DIW Berlin). Uma recuperação significativa só é esperada para 2026, com um crescimento de 1,1%, também ligeiramente abaixo da previsão anterior de 1,2%.

O fraco desempenho econômico é atribuído a uma combinação de fatores, incluindo incertezas políticas devido às eleições federais antecipadas, a desaceleração do comércio global e os impactos geopolíticos.

"A perda dos EUA como um parceiro político confiável representa grandes desafios para o futuro governo alemão e agrava a situação já difícil, especialmente para empresas voltadas para a exportação", afirma Geraldine Dany-Knedlik, diretora econômica do DIW Berlin.

O consumo privado, embora impulsionado pelo aumento dos salários reais, tem sido mais fraco do que o esperado, com muitos alemães adiando grandes compras devido à situação política global e preocupações com o emprego, destaca o DIW. No entanto, espera-se que o fundo especial para investimentos em infraestrutura ajude a impulsionar a economia, observa.

Segundo a instituição, o setor manufatureiro pode se beneficiar de um governo estável e de um cenário econômico mais claro após as negociações de coalizão.

A taxa de desemprego deve continuar baixa, com um leve aumento em 2025, mas recuperação prevista para 2026, e a inflação, projetada em 2,1% para 2025, deve voltar à meta de 2% do BCE no ano seguinte.

Marcel Fratzscher, presidente do DIW, destaca que o fundo especial para infraestrutura é crucial para tirar a economia alemã da crise.

Ele defende que "fortalecer o investimento público e reduzir as incertezas econômicas deve ser prioridade", além de reformas estruturais como a integração de refugiados no mercado de trabalho e a redução de obstáculos à imigração de trabalhadores qualificados.

(Com Agência Estado)

 

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