Por volta das 17h20, a taxa de depósito interfinanceiro (DI) para janeiro de 2026 marcava 14,715%, de 14,722% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2027 recuava a 14,475%, de 14,601%, e o para janeiro de 2029 caía para 14,390%, de 14,582% no ajuste anterior.
A queda dos juros dos Treasuries orienta a curva local desde cedo. Contudo, no período da tarde as taxas médias e longas renovaram mínimas.
O economista-chefe da Ativa Investimentos, Étore Sanchez, aponta que a curva pode estar aliviando por um movimento técnico do mercado após o leilão do Tesouro Nacional, que num primeiro momento teria assustado parte dos operadores. "O DI reagiu fortemente mais cedo, sugerindo que o mercado absorveu o risco dos títulos. Mas zerou boa parte, se não tudo, o que conseguiremos ver apenas amanhã com os dados da B3", afirma.
A menos de uma semana da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), o vértice mais curto dos DIs não teve uma queda tão expressiva. O mercado prevê com unanimidade alta de 1 ponto porcentual na Selic em março, segundo o Projeções Broadcast. O maior nível do aperto monetário, de acordo com o levantamento, deve ocorrer em junho, com Selic a 15%.
Destaque da agenda desta quinta-feira, o volume de serviços caiu 0,2% em janeiro, na margem, ante estimativa de -0,1%. "Se somar esse dado com os que tivemos nesta semana de produção industrial, notamos que a atividade vem demonstrando alguma desaceleração, e isso vem contribuindo para derrubar as taxas de juros", afirma o sócio e analista da Ajax Asset, Rafael Passos.
Já a Coordenadora do Boletim Macro do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), Silvia Matos, considera que a expectativa é de uma desaceleração no consumo das famílias em 2025 - fator importante para a inflação -, mas pondera que no início do ano há reajuste do salário mínimo em termos reais e o governo tem feito medidas adicionais para acelerar o consumo.
(Com Agência Estado)
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